Das mudanças do corpo cabem as circunstâncias da vida. Cresço e, ao que amadureço, me escancaro. Aqui há minha porta aberta, onde parte o prolongamento de meus braços e pernas além do meu ego de ator e força circense. Partem minhas palavras em corpo, em carta, em viva poesia, mesmo se em prosa vier a narrativa. Sei que espiam e não deixam pistas, mas, se puderem, comentem... e deixem um pouco da sua carne poética em minha cerne criativa. Experimentem...
Pesquisar este blog
terça-feira, dezembro 11, 2007
Sonho com um corpo
Sonho com um grupo
De gente
Colégio com sonho, um grupo
Corpo
Gente,
Com um sonho, um colégio com gente!
Grupo de sonhos
Corpo de sonhos com órgãos
Um corpo sem órgãos
Artaud crú!
Sonho crú com um corpo de Artauds
Gente crua e uma antropofágica pantomima
Sonho com um cabaré de palhaços
Um corpo de palha! Colégio de espantalhos.
Corpalhaços
Saltos
Cambalhotas
Bravo, bravo!
Felizmente
Meu corpo é o que tenho de mais...
Sonho um corpo
Aparecem adormecidos sem sabermos d'onde e porquê,
Até que, vez em quando, é preciso niná-los e botá-los a dormir
Outra vez
Os sonhos são engraçados
Aparecem adormecidos sem sabermos d'onde e porquê,
Até que, vez em quando, é preciso niná-los e botá-los a dormir
Outra vez
Os sonhos são engraçados
Aparecem adormecidos sem sabermos d'onde e porquê,
Até que, vez em quando, é preciso niná-los e botá-los a dormir
Outra vez
...
Um sonho é um sonho, não deve acabar nunca
Senão a sobremesa acaba por virar um qualquer
Mamão-com-açúcar
quarta-feira, novembro 21, 2007
Corpo Feriado

Algumas tantas toneladas de areia deixadas para trás
Fofas
Duras
Finas
Com conchas
Alguns muitos litros de água salgada
Do mar
Do rio - vermelho iodo, salobra gelada vinda do mangue
Do céu, um sol violeta
Ultravessado na pele
No fim do dia o pouso alegre em cama esquentada em horas
Tragávamos o corpo, um ao outro.
Depois, acabava em sono,
Acordar cedo e recomeçar de novo.
Há o mesmo sol esperando lá fora
E o mesmo ímpeto cá dentro.
Foram estes alguns dias de todo tempo
Do mundo.
Sinto que amei, ali, me achei
Em ti.
domingo, novembro 04, 2007
Bom
Por observar que
Bem
Veja bem
Por enquanto é
Quem sabe
Olhe
Pois então
Assim
Isso
Dá
Não dá
Quiçá
Sendo assim
Isso
Não dá
Dá
Talvez melhor que fique
Talvez
Se
E se
Não, e se
Calma
Vou recomeçar
Parágrafo, dois dedos
E um gole
Vírgula
Vou partir com vírgula
O sujeito fugiu
O verbo fingiu estar
Melancolia
Pré-di-cá
Do
De lá
Sí, Dó ré mi
Faça a luz e a chame de dia
Faça a hora do café e a chame de tarde
A noite é o nome do que é há de mais íntimo
Se dorme, se sonha...
Estrelas cadentes polvilham minha face e nasce
A poesia
Bem
Assim
Fim.
sábado, novembro 03, 2007
sexta-feira, outubro 26, 2007
Corpo Carteiro
Pode ser de agradecimento
Pode ser de saudades.
Ser de mulher, pode
Pode ser de amizade
Por dias de sóis em postais
Ou de retratos de chuva.
Sozinho ou acompanhado
Os dois, pode.
Pode ser algum dinheiro, carta
Inteira ou pela metade
Suja de lágrima ou suja de beijo
Em batom bem vermelho
Pode
Telegrama ou um texto inteiro
Em francês ou italiano
Peut!
Uma carta me mandaram, resgatada de uma garrafa
Navegante no Atlântico
Dizem vir do poeta.
Neruda me acuda.
Pode ser de amor
De ódio também pode
Pode vir com cheiro, maresia, ou ser de má caligrafia
Mas se for história minha
Entendo.
Pode.
Pode ser de fé, pode vir, até, e voltar pra de onde veio
Quem sabe já não mudei de endereço?
Il postino
Me deixa na espera de receber a resposta que nunca recebo
Agora queria estar no mediterrâneo e enviar uma carta pra mim mesmo.
Quanto tempo demoraria pra chegar ao vento?
Um sopro ou um vácuo...
Ora, vejo que chegou.
Pode ser de perto
Pode ser de longe
Pode ser de agora
Pode ser de antes
Pode ser, somente
Sendo
Um eterno gerúndio da vida
Pode ser boas-vindas
Pode ser de despedida
Não sei,
Não abri ainda.
quinta-feira, outubro 25, 2007
Pra falar da vida.
Hoje conversei da vida com quem morreu,
Apareceu em sonho
Me deu um arrepio
Parecia que ele era eu.
Hoje acordei e me senti meio leso
Deslocado no tempo das coisas
Discordante das minhas escolhas
Repensando tudo.
Hoje me parecia um ontem continuado
Nas horas largas de um segundo alongado...
Tempos,
Cheio de tempos o meu dia.
E uma saudade de tudo que me leva
E uma raiva de tudo que me leva
E uma ansiedade calma
Por tudo que me leva
E atropela.
Quem sou eu nisso tudo?
Vagabundo
Pelo vagar...
Vagaroso.
Vago a luz
Piscando a bunda por aí.
Agora tenho medo de dormir
E evocar meus sonhos
Cair em mais penhascos e encontrar meu pai.
Ai
Mais medo tenho se, arregalados,
Meus olhos sem sono
Encontrarem-no acordados
E num arrepio falo "oi"
Sem saber se foi ele mesmo que apareceu ou
Se dele
O que tiro é a somente imagem d'eu.
sábado, outubro 20, 2007
Corpo de Histórias
terça-feira, outubro 16, 2007
Corpo da Volta
"Deixem o silêncio dos gestos se colocarem perenes. São as peles, e não as cabeças, quem realmente se entendem."
Ah... entender do tato... conversa de luxo.
Luxúria, é o pecado que falta
Permanecer correto.
sábado, outubro 13, 2007
Corpo de Tio
óia titio a "íafa"! É linda... linda titio... linda.
Palavras vindas de quem olha com olhos sábios de criança que descobre algo do mundo. A emoção do novo, do que se torna presente em tamanho real, cheiro, cor e som que não há em livros e em enfeites da sala. Não podia não estar lá pra ver. Não podia não estar lá pra... estar, simplesmente.
Meu corpo de tio dispensa grandes produções.
Fui ao zoológico com Sofia...
quarta-feira, outubro 10, 2007
Chegam de banda em banda,
A avenida assistia,
Toda frente felicidade
E o cortejo que encanta
A chegada do artista
A saída era a praça e o caminho era a rua
Caminhava fanfarra
Cornetas e trambones
Malabarista de facas
Contorcionistas de massas
Sem ossos
É a tristeza que passa
É o pique que fica
Mambembeando
Anda
Apressa
Que o espetáculo começa
Essa
História
Tó, ria
E se entrega
Se entrega e...
Me empresta sua alegria.
terça-feira, outubro 09, 2007
sábado, setembro 29, 2007
O que são coisas?
Poderiam acabar em suspenso.
Um tempo sem ir nem vir
Só um ar
Um suspiro eterno
Um susto sobressalto e parava o tempo
Ninguém mais não sabe o que virá
Nem ninguém mais não sabe o que passou
Só aquele eterno presente
De descanso pro mundo.
Mas e se
Antes disso
Escolhessemos da Terra mais um giro
Mais um dia
Antes do presente eterno
O que pediria à vida?
Um colar de pérolas
Um colar de lábios
Uma reza
Um sono tranquilo
A volta de uma saudade
Um pára-quedas e um salto?
E, enquanto fosse parando o globo,
Do ultimo segundo ao pra sempre
Onde estaria eternamente?
Não há tempo para não-sei
Pisque
E ficará de olhos vendados.
sexta-feira, setembro 28, 2007
Depois de Hoje
Se pedra, flecha, ou um suave vapor.
Da bailarina, foi-se o giro, o vento tonteante.
Minhas mãos de boneco largariam o trapézio pro penhasco
Se dela viesse o afirmativo sim do olhar.
E mais um giro me aproxima
E mais um salto me larga,
No piscar de olhos volto eu marionete,
E mais um giro me aproxima
E mais um salto me larga,
No dobrar de ossos de madeira volto eu
Nos fios e dedos do Mago
Destino o qual, não quero, parece, me controla.
Um beijo da bailarina,
Cego amor,
Um salto pra ignorância.
Largo o trapézio e caio no mundo
Penhasco a baixo tenho alguns milésimos de segundo pra pensar
O que eu quero-ia da vida.
segunda-feira, setembro 24, 2007
quarta-feira, setembro 19, 2007
Viajante de ônibus e de trem
Sou mais que um turista da periferia
Não sou apenas mais um turista da periferia
Me reconheço nas paisagens Guaianases vistas de dentro
Curuçá
Tantos índios.
Zona-leste imensa
Intencionalmente
Intensa
No bafo do sol a arte arde em outras terras.
Por essas ruas que me perdem,
Pedem,
O fôlego,
Uma chance:
Olhar mais longe essa metrópole com horta e carro-de-boi.
Verso nessas favelas de onde o metrô não parte e nem chega.
Passa prata longe cortando,
Esbanjando ares de velocidade.
Trilhos em mármore rosa, estações palácios de nobre concreto
Passa rápido com medo do tempo
Metido a semi-Deus do acesso.
terça-feira, setembro 18, 2007
Chuchú!
Chuchú!
Chuchú chuchú chuchú!
Oh Chuchú dos meus suspiros
Dos ais soltados ao ver
Em formatos de mamão
Um verde-claro
Antemão
Cada chuchú traz ao poeta
o que melhor quiser.
Metáfora, minha, melhor não há
De que, melhor, chuchú de trepadeira
É aquele que começa em broto indefeso,
Desponta folha do avesso,
Ao fim, para, me acaba enroscado
Em suas tramas leoninas de agosto
E ainda dizem qe chuchú não tem gosto.
sábado, setembro 08, 2007
quinta-feira, agosto 23, 2007
Vou mãe!
...Assim que o projeto estiver pronto
E o trabalho finalizado
A cabeça intranquila.
Por outro lado
Sem vida corrida:
Apatia.
Nasci assim acelerado!
Alguém que me acalme
Me baixe o velocímetro
E Me leve pra... Amapá.
Nadar no rio e caçar piranha:
Ao menos um pouco de aventura,
Façanha.
Arranha-me, aranha
Arranha.
sexta-feira, agosto 17, 2007
O
Olho no olho
Olho
Outro olho
A boca se meche e chama atenção
Fico no lábio
No queixo de covinhas
Os dentes dançam uma música frenética,
Na boca dá beijo.
No olho, olhar.
Teia de cilhos competem a rima.
Olhofilia, se é que existe.
A clorofila que buscam minhas retinas.
Ainda assim o molhe molhado dos lábios
Atraem minha sede de movimento.
Dos olhares que me saem ao mundo
Buscando o momento
De quando a boca, a sua, fará em mim a dádiva
Saliva
Momento em que os olhos ficam em pálpebras repousados
Viram-se para dentro
E vibram ao todo do corpo.
Em síntese
Olho
No olho, olho e mais olho e mais olho e mais um...
O
Olho no olho
Olho
Pra ver a carne do avesso.
domingo, agosto 12, 2007
Corpo Assim: em arena
Capa dócio seu martírio
Esquece que pra significar-se São, precisa de cristo.
Jorge se descobre Jorge
Ele, assim, ele
Tribuno militar,
Cavalheiro romano,
Guerreiro das areias vastas.
Jorge na mata não mata
Precisa do bege areial manchado de sangue:
Rubro rumo de sua sede.
Jorge matou dragão na areia.
Nos circulares,
Espiralado destino,
Alcança portais de luta,
Maré baixa:
Bancos de mulheres de atenas,
Morenas sereias.
Há o que há de melhor
Numa só, encantadora de serpentes,
Me cerca em amores e preciso de mim cuspir fogo
Soltar pelas ventanias do corpo
Arder de modo todo, completo,
A primordial fonte voraz, vigorosa:
Espada na mão rasgando carne úmida
Um, ida... e vinda
Apenas delicadezas, toques de pena...
Jorge então
Vira dragão na arena.
quarta-feira, agosto 08, 2007
quinta-feira, julho 19, 2007
Mês
a mês
Meus
de meus
Ais
de ais
Pais
Cadê
Paz
Viajou
Partiu do cais
Sumiu
Atras
Do mar
Ví Iemanjá
Sereia
Janaína
Sereia
Jorge são
Mata o dragão
Na areia
Mês
ameis
Meus
adeus
Ais-
-deais
Paz
Brota no cais
Saiu
Ao caso.
Acaso partiu
Serena?
Atol
das broncas
Baleias
Sou um pouco de favela
Na maré.
Magoa
Lagoa
Gota a gota
Uma a uma
Perdura
Pendura-me
enquanto flutua
Sereia
Jorge são
Virou dragão na arena.
quarta-feira, julho 18, 2007
Corpo Assim: assim
Ato falho,
Freud diria
Porém o que digo
É que piada parecia...
Dadas as circunstâncias
Dar por dar ninguém dá nada.
Minha tranquilidade estoura
Limites
E refico turbulento
Returbulo lento
Este tempo largo
Enquanto me atrevo ao avesso
Pra ver se acerto ao menos uma vez.
Dar por dar ninguém quer, nada...
Seria um descomprometimento
Triste...
de tez se entendem as almas
Corpalma
Palmas:
Uma salva!
Pra quem conseguiu pôr a urucubaca
Vou correndo ver
Alguém que possa me benzer
Destas incompreensíveis fardas.
Tinha me posto em silêncio tibetano
Mas o corpo fala
Tagarela por demais
Ara!
Riscar o vocabulário
Fazer cinema mudo
Teatro Nô
Ou o quanto mais absurdo
Nó!
Partituras brancas
Velhas, se amareladas
Mas uma única nota de silêncio eterno
Preenchendo os ares
Musicares
Circulares ocos
D'oco se faz uma percussão
Corporal...:
Do peito bato e retumba o grave do coração.
Coragem
Pra agir vermelho de raiva
Ou cego de paixão
Tenho vontade imensa de cumprir o que me proponho. Se aquiete Le Andro, O Homem latim. Não late, morde. Não avise, surpreenda. Não recomece, comece denovo por ter ido até o fim. Não diga não se de não vivem os sins e de sins irão os nãos pra voltar novamente como sinos anunciando um talvez da incerteza. "Ir também é voltar". Disso deixe somente a certeza de que se há dúvida é porque não há a inteireza de decisão: muitas vezes fala a cabeça e longe passa as palpitações do coração. Hoje me disseram pra fazer somente o que tenho vontade... será? Mesmo... assim... quer? Me entregar às vontades seria o de certo mais agradável...? dessas brincadeiras já não vejo graça. Atingi a graça de entender o que cabe ao certo, mesmo se errado, a mente inquieta a espinha éter-eta e o coração: transpiro - para ir além da loucura.
Ô tubulação!
Turbulência de cano
Dá essa impressão
Tremi e vazei
Escoei pra algum rio sem fim mar
Firmar a
Maturar a
Respirar a
Vid-r-a-ça
Sou transparente
Aça-í
Assa
Me queimo em minhas confissões
Mas e daí?
O que perco?
Perdendo me acho
Capacho
Tapetinho de jardim
Perto da grama
Reclama
Os pisões
Me acho
esculacho
Minhas razões por estar
Assim.
quarta-feira, julho 11, 2007
Corpo em Silêncio
Corpo Assim: dilatado
Atingir o Outro
Não há Outro significado
Dilatar o corpo
Partir de sí pro Outro
Não há Outro significado
Dilatar o corpo
Tomar em sí o Outro
Não há Outro significado
Dilatar o corpo
Intensificar-se ao Outro
Não há Outro significado
Se não há signos, portanto
no Outro
Adquire-se no contato
Do momento
Exato
No olho da cena
Do instante teatro
Dilatar o corpo
Dar significados ao Outro
Não há outro significado.
terça-feira, julho 10, 2007
Por onde anda tudo
Que vá além de mim?
__________________
A cesta de vime
Guarda
O que não me deprime
___________________
Repórter vida
Sumida
Maria Cristina
____________________
Tapa de sobrinha: criança
Chacoalhar de vez
Pra pôr fim à esperança
_____________________
Desintegro meu umbigo
Fale Nietzsche, vale
Me fortaleço no inimigo
______________________
Muitas vezes tudo,
Vezes, muitos nadas,
Mudo, cantarei alto às fadas
Notas de veludo,
Escalas desasossegadas.
Mudo a região das portas
Encanto outras entradas
Arre, salve guerreiro Jorge
Guerreiro Jorge, ave!
______________________
Jorge da Capadócia sentou praça
Cabeça na lua
Armadura de prata
______________________
Acabo agora de escrever
Levo as palavras pra cama
Me ama é o verbo
E quem me chama
É poesia noturna
Ninando menino
Medroso
De escuro que ao sonho
Reclama
sábado, julho 07, 2007
Soneto do Não Quero Mais Não Poder Querer
Não quero mais não poder querer e
Não quero mais não poder querer e
Não quero mais não poder querer e
Não quero mais não poder querer,
Não quero mais não poder querer e
Não quero mais não poder querer e
Não quero mais não poder querer e
Não quero mais não poder querer...
Não quero mais não poder querer e
Não quero mais não poder querer e
Não quero mais não poder querer?
Não quero mais não poder querer e
Não quero mais não poder querer e
Não quero mais não poder querer!
terça-feira, julho 03, 2007
Corpo Assim: em tempo simultâneo...
Corpo Assim: em língua do P
Poxa...
Pixa-in aí e
Pensa:
Pá-lá-de-carapicuíba!
Pare,
Pense...
Pica a mula!
Porra...
Pura.
Pulo
Pôr no,
Pinto,
Penso,
Parafraseio,
Parar...
Paro.
Pelos
Pingos
Pod(e)res:
Pulsão
Pulmão.
Poema
Piaimãnesco, de
Pedra e
Pá
Pra cavocar
A Terra.
Corpo Assim: em dores...
(Caetano Veloso, mas em voz de Elza Soares)
O ciúme dói nos cotovelos
Na raiz dos cabelos
Gela a sola dos pés
Faz os músculos ficarem moles
E o estômago vão e sem fome
Dói da flor da pele ao pó do osso
Rói do cóccix até o pescoço
Acende uma luz branca em seu umbigo
Você ama o inimigo
E se torna inimigo do amor
O ciúme dói do leito à margem
Dói pra fora na paisagem
Arde ao sol do fim do dia
Corre pelas veias na ramagem
Atravessa a voz e a melodia
Para ouvir a música, clique aqui
quarta-feira, junho 27, 2007
Corpo na contramão das horas
sexta-feira, junho 22, 2007
Corpo Esguio de S
Solidão
Só
Sim
Sem
Sal
Sapo
Sapato
Saber
Siricutico
Simbiose
Simples
Sincero
Solstício
Sombreamento
Som
Saco
Sonsso
Saiba
Sexo
Sartre
Sarro
Se
Sentimento
Sede
Sabão
Serviço
Ser
Assim em curvas
Na surpresa da esquina
em Ésses
Esses sim
São
Nossos tristes caminhos
ou Nossos alegres dizeres.
Sopro, quente, na nuca,
de Sopa
Sobra o soco
Sorva o
Sazonal...
Solto pra sintetizar o S
Sei
Sabor de que te quero.
Sei que te quero em Sabores de S.
Corpo astral acessado pela internet
by Cigano.net
- Os cálculos apresentados são exatos para os dados informados.
- Não estão interpretados os Planetas nas Casas nem o Ascendente e o Meio do Céu.
- Apenas um bom Astrólogo numa consulta pessoal pode fornecer indicações completas.
- Mapa Astral para Leandro - Nascido em Guarulhos às 05:30 do dia 25/11/1984 - Longitude: 46W32 Latitude: 23S28 Fuso: 3 - Não foi informado Horário de Verão - Verifique se os dados acima estão corretos antes de ler seu Mapa Astral Interpretado |
Planeta | Longitude | Em que signo? |
![]() | 03 SAG 16 | Sagitário |
![]() | 04 CAP 42 | Capricórnio |
![]() | 24 SAG 58 | Sagitário |
![]() | 13 CAP 39 | Capricórnio |
![]() | 07 AQU 13 | Aquario |
![]() | 13 CAP 23 | Capricórnio |
![]() | 20 ESC 44 | Escorpião |
![]() | 13 SAG 12 | Sagitário |
![]() | 00 CAP 10 | Capricórnio |
![]() | 03 ESC 17 | Escorpião |
![]() | 06 GEM 33 | Gêmeos |
Nodo Lunar | 27 TAU 30 | Touro |
Ascendente | 07 SAG 06 | Sagitário |
Meio Ceu | 23 LEO 06 | Leão |
Vertex | 29 ARI 49 | Aries |
Veja seu Mapa Astral Interpretado em 10 Capítulos | |
Capítulo 1 - DESCRIÇÃO GERAL | |
Por temperamento você é pessoa ambiciosa, reservada, prudente, austéra, trabalhadora, mas calculista, pois almeja alcançar uma posição de destaque social. Oscila entre a economia e a avareza. Os sentimentos e as emoções dos outros não lhe comovem. | |
Capítulo 2 - TEMPERAMENTO E EMOTIVIDADE | |
Você é jovial, simpático, cordial, entusiasmado, franco, filosófico e paternal. Gosta de viajar, conhecer pessoas e lugares e adora sua liberdade. Contudo, tende a precipitar-se em suas conclusões e fica deprimido quando está ansioso. | |
Capítulo 3 - MENTE E COMUNICAÇÃO | |
Sua mente é filosófica, independente e liberal, interessada em conceitos amplos nas áreas de educação, política e filosofia, direito ou religião, embora muito ligada a moralidade em voga. Apesar de seus conceitos avançados nem sempre é o dono da verdade. | |
Capítulo 4 - SENSIBILIDADE E AFETOS | |
Sua sensibilidade é bastante limitada, fazendo com que seja controlado, reservado e formal em questões sentimentais. Na juventude prefere namorar com pessoa mais velha e, se casar tarde. É leal e constante para com seu amôr. | |
Capítulo 5 - ATIVIDADE E CONQUISTA | |
Você gosta de participar ativamente de um negócio, clube ou organização e costuma encorajar para cada um cumprir sua parte no esforço do grupo. Você é pessoa progressista e dinâmica e tem sucesso no mundo dos negócios. | |
Capítulo 6 - SENTIMENTO E ÊXITO | |
Você prefere o trabalho profissional, não se incomoda com suas formalidades e gosta de ocupar uma posição de influencia, já que para você é importante fazer parte das altas rodas. Pode ter êxito nos negócios, função publica, educação e política. | |
Capítulo 7 - ESFORÇOS E LIMITAÇÕES | |
Você é pessoa bastante reservada a respeito do que verdadeiramente acha e sente e tem dificuldade para manifestar-se abertamente. Você costuma lutar contra seu próprio subconsciente e ter problemas de comunicação com as pessoas mais chegadas. | |
Capítulo 8 - ORIGINALIDADE E INDEPENDÊNCIA | |
A liberdade de expressão em qualquer campo é extremamente importante. Adota prontamente os novos conceitos religiosos e tende fortemente para a parapsicologia e metafísica. É compassivo, otimista e liberal, tem senso de humor e gosta de viajar. | |
Capítulo 9 - IMAGINAÇÃO E PSIQUISMO | |
Apesar de interessar-se pela meditação e ensinamentos antigos, tende a evitar o misticismo metafísico e as manifestações psíquicas. Você esta mais voltado para aplicar as descobertas, invenções e sua natureza espiritual para melhorar a vida diária. | |
Capítulo 10 - TRANSFORMAÇÃO E DESTINO | |
Sua intensidade emocional, sensibilidade em relação ao meio-ambiente e curiosidade por tudo que ainda não foi revelado, impulsionam-no a penetrar, profunda e, ás vezes, implacavelmente nos mistérios da vida. | |
Os pontos mais relevantes de seu Mapa Astral | |
- Você é muito carente emocional e sentimentalmente. Sua melancolia e pessimismo fazem com que os outros acabem por evitar-lhe. Sua timidez e falta de confiança em si mesmo, dificultam suas relações intimas com as pessoas do sexo oposto. Ë preciso corrigir esta tendência através de exercícios que aumentem a confiança e a auto-estima. - Você consegue expressar os seus sentimentos em toda sua extensão e é capaz de fazer com que os outros também cheguem a desabafar. Está muito interessado na psicologia profunda e nutre sentimento a respeito de maternidade e família. - Sua disposição alegre, otimista, cordial, sociável e generosa atrai a boa sorte e companhia. A prosperidade é muito importante para si e você pode alcança-la através de seu talento artístico natural. |
Assim me lê? Me leia Lê, somente... experimente...
quinta-feira, junho 21, 2007
Homem
Prematuro
Pra não dizer precoce
E ativar um trauma de libido
Limbo
Da pedra que escorrega
O discurso da ação
Escorregadio é o que prestamos
e Emprestamos
De serviços
Um corpo, um papo, um chamego sem sapato?
Deve ser coisa de sagitariano
Com ascendente em sagitário
Queda em escorpião
E lua em capricórnio...
Procuro ainda meu sol
Desde sempre sou Homem
Menino
Me nino em cafuné
Como uma punheta de carinho
Me faço próprio dormido
Nos roncos encaminho sonhos
Advertivos
Que não lembro depois
Me nino sem boi da cara preta
Os muitos são de quando acordo
E viro a corda
E ouço a música
E vejo o mundo
Deve ser coisa de sagitariano
Com ascendente em sagitário
Queda em escorpião
E lua em capricórnio...
Pelos tempestivos ares de seu
Ir além da pele é transpelar
a Epiderme
Pelar a frigideira e fritar essa moral
Que nos repele
Doer
De vez
Pelo não doer aos poucos
Ansioso?
Deve ser coisa de sagitariano
Com ascendente em sagitário
Queda em escorpião
E lua em capricórnio...
Como do centro saiu o caroço
Do meu estômago reparo o osso
Duro de roer
Ao que proponho é a não mesmisse das coisas
Revertidas em outras situações
A sua própria natureza
Percebo do mesmo um novo endereço
E só
E o nó?
Ai que dó se for assim mesmo
Me digam errado, se de acertos é feito o mundo
O empreendimento perfeito de Deus
Em seus planos de negócio
O humano é ócio
Deve ser coisa de sagitariano
Com ascendente em sagitário
Queda em escorpião
E lua em capricórnio...
Será?
E se nasci no dia errado?
Ou assim me registraram
Programando-me aos impulsos zodiacais
Zoodiacais
Sei que sou mesmo um animal
Deve ser coisa de homem-cavalo
Com ascendente em homem-cavalo
Queda em escorpião
E lua em um bode chifrudo que só
Pasta,
Pasta...
Pasta.
segunda-feira, junho 18, 2007
Corpo Além Trans
Transformação,
Ir além do verso
Transverso,
Ir além da pedra
Transita,
Ir além da aparência
Transparência,
Ir além da ação
Transação,
Ir além do "a"
Transa,
Ir além do "e"
Transe,
Ir além do soco
Transpunho.
Mas o certo seria "ponho"
Ir além do padrão
Transviado,
Ir além do caminho
Transmissão,
Ir além da arma
Transporte,
Transmitido,
Mesmo se metido
Renego
Ir além do que afirmo.
Transfiro o fino,
Engrosso o nexo
Para ir além do sexo:
Transex
Mas só quero ir além do ar
Transar,
Transar...
Transar.
segunda-feira, junho 11, 2007
sábado, junho 09, 2007
Corpo Lança
A viagem recomeça
Retire os vanguardeiros e siga-me
Em promessas e destrezas
Numa reza
Derradeiro é o não-se-encerra
Sim a derrama pro semeio
Desta terra nasce o pão
Se são manifesta
O caminho que faremos
Arre São Jorge
O boi tá encabeçado
A viagem recomeça
Idade Média baixa
Dos vinte e poucos
Nasce a festa
E chega o gozo
São Jorge
Numa reza evoco a lança
Pra despontar este falo sobre os meus monstros
Arre São Jorge
Cheio de força
Da mãe lua quero o prata
E do prata quero o ouro
Dou-o depois
Aos montes e às serras
Pra viver das serestas
E te pedir, só, em reza um dragão pra matar de novo
Arre São Jorge
Me manda dragão
Arre São Jorge
Me manda dragão
De dia guerreiro
A noite amante
De dia e de noite
Guerreiro-amante
Com lança na mão
Resolvo tudo de corpo inteiro
Avante guerreiro
Avante guerreiro
quarta-feira, junho 06, 2007
Corpo Inconstância
Uma vez me perguntaram se estava de bem com a vida. Respondi que da vida entendo pouco e a conheço mais aos poucos ainda, mas depende das circunstâncias.
Uma vez me perguntaram se ficaria mais uns dias. Respondi que a volta pede viagem e a saudade chama estrada, mas depende das circunstâncias.
Uma vez me perguntaram se a chuva é que resfria. Respondi que o sol é que traz chuva, de seu calor surge a nuvem e da massa de ar é que vem gotas grossas ou finas, mas depende das circunstâncias.
Uma vez me perguntaram se eu era burro. Respondi nada não, fiquei bravo só, mas, pensando agora, se dele tenho ao menos as orelhas, depende das circunstâncias.
Uma vez perguntaram se eu era bom aluno. Respondi que levo a sério o que me proponho, o único problema é se, no meio da aula, me proponho outra coisa, depende das circunstâncias.
Uma vez me perguntaram se o sol nasce no leste e se põe no oeste. Respondi que sim, sempre, mas se convencionarmos que o leste chama oeste e o oeste chama leste, o sol nasce na Lapa e morre na Penha, mas depende das circunstâncias.
Uma vez me perguntaram se sou engraçadinho. Respondi que sou sério, tímido, não bebo, não fumo e nem faço karatê, pinto, bordo e faço crochê, mas depende das circunstâncias.
Uma vez me perguntaram
E perguntei de volta
Será que tudo assim é tão verdadeiramente verdadeiro?
Me responderam:
Depende das circunstâncias
Repliquei
Então continuarei minhas andanças
Por aí
E aí,
Uma vez me prguntaram se eu era desse planeta. Respondi que sim, planeta guerra, planeta...
terça-feira, junho 05, 2007
Corpo Tetra-Pak
Não lembro do professor ter dito esses slogan lá no Teia de Pensamentos, mas ví numa propaganda deles hoje e achei interessante... pelas circunstâncias claro. Esse pacote, embalagem, herméticamente fechada, impede que o produto se estrague, protegendo-o do calor, luz e umidade, uma redoma feita de papel, alumínio e plástico.
As vezes me sinto dentro de uma embalagem Tetra-Pak, sendo protegido, pasteurizado pelos valores da sociedade, aguardando para ser consumido puro e sem conservantes, limpo de moral e cheio das propriedades dos bons costumes, dos bons modos. Branquinho como leite, desnatado, sem gordurinhas, sem formar nata, vendido no Pão de Açúcar dos Jardins, ou do Leblon, pra agradar aos cariocas. Quem me compra são dondocas e quem me serve são as empregadas. O consumo se dá rápido, e o Tetra, depois pode ser reciclado. O que estava dentro, no cu do homem, vira merda.
Artaud tem uma frase interessante, que tive de decorar (não só a frase, mas um texto inteiro) para um espetáculo: Tudo que cheira a ser, cheira a merda.
Tetra - quatro, em grego. E os gregos... tão antigo tudo isso... não se faziam de rogados e mandavam ver nas "imoralidades" até que foram cristianizados....
Pak - embalagem em inglês. E os americanos... tão novo tudo isso... sempre se fizeram de rogados, mas no fundo são uns safados...
Tetra-Pak - Grego-"Americano" - Quatro Safados? talvez... seria essa a versão brasileira?
Brincadeiras a parte... brincadeiras.
domingo, maio 13, 2007
Corpo-espaço-tempo
Talvez fique sem escrever por um tempo. Pelo menos por aqui... volto quando meu corpo sentir que é hora. Por enquanto escreverei por aí e ouvirá quem por hora estiver no lugar certo e na hora certa. Escrever com o corpo no espaço, improvisar, ensaiar, criar minha Carta ao Corpo pra preencher cantos vivos, em matéria palpável, em aglomerados de gente que te vêem e te tocam. O fato é que quero troca, sincera, sincera troca presente ligada no momento faiscante emocionante política sensata entre dois seres entre o mundo pro cosmos
!
Assim, fico assim. Escrevendo minha carta. Cento e poucos textos por aí, na internet, aqui e em comentários de outros blogs. Agora me ache se me perseguir nas veredas que frequento. Em corpalma de baixo de um teto ou numa arena a céu aberto, a descobrir na ação do texto o que aqui construí em pensamento
E poesia.
Deito e espero um deleite
Criativo
A cabeça revira enquanto inquieto
Escuto quieto o meu quê hiperativo
Tremo e sorrio
Arrepio
De repente um frio e vejo
Estou suspenso
Suando fino
É o começo do que percebo
Ser o momento primeiro de quando crio.
Nos vemos em corpespaçotempo.
quinta-feira, maio 10, 2007
"nisso eu sou primário
amor pra mim
vem do caralho"
Não só pra mim... basta mudar as desinências de gênero e substantivos do sexo. Como não percebi isso antes? Até mesmo nos anjos, percebe? Ah esses corpos que me enganam... e me enganaram tanto tempo... tisc tisc... romantismo é esconder o amor humano, que vem da carne, é eufemizar a visceralidade. Pois assim, amor do ventre, não é mais belo? Bom, em três linhas Leminski já disse tudo. Paro por aqui...
quarta-feira, maio 09, 2007
Corpo Pragmático: da utilidade prática do corpo.
Bem,
Me quer?
Mal
Me quer
Se quiser mal, bem...
Bem mal será o que quer.
Praga!
Pragmatismos...
II-
"Segredos de liquidificador"
no ouvido?
no pé, perdeu
nó... ó: resolveu?
Confuso esse capítulo
Cazuza, licença à sua música
(Cantando) "Segredos de liquidificador"
nó: ó... entendeu?
Não pense, que esquenta.
Experimenta
Pragmatismos...
III-
Gostoso
Corpo
Doce
Gelado
com quente
Contente
Namorado
Chefe de Cozinha
Passa a faca
E serve à mesa
O próprio corpo cozinhado.
Um bom vinho
Boca boa e bom bocado
Um bom queijo...
Um bom beijo...
Pragmatismos...
Bon'Apetit Bon Voyage
terça-feira, maio 08, 2007
Felizes casais
Esperto demais se voltar atrás
Nessa bobagem
De querer a eternidade adiante no cais
Nas juras de paz
Há tristeza demais nessa miragem
Pelo ar, distante aberto,
Viajar no mar deserto
De vontades
Distoa do que o outro quer
Não mais estar
Por perto, ficar
Sem mais me beijar
O sonho não é mais concreto
Desatar o ego
E seguir no enlace
Cortando o nó cego
Se quero repego
Eu passo e me esfrego
Sem dar
Pinta de solitário
Está bem, tudo bem
Eu fico assim sem
Compromisso sério
Essa visão de se
Contradizer
É o que me faz viver
Volto pra cama
Espero, me chama
Numa chama acesa
De mulher em lar
Alguém pra amar
No fundo falta mais
Um travesseiro.
Volto pra cama
Espero, me chama
Numa chama acesa
De mulher em lar
Alguém pra amar
No fundo falta mais
Um travesseiro.
segunda-feira, maio 07, 2007
Solto Corpo
Sol-teiro
Sol-itário
Sol-inteiro
Sol-otário
Hélio
Lélio
Lêlio
Lê, lí-o
Assim em textos sorrateiros.
Por mais assunto sem encerro. Escrevendo, menos tagarelo. Embora seja o início do discurso. Por isso não leio em voz alta. Talvez um dia interprete no corpo, em cena. Aí a arte floreia e aberto ao tempo tudo fica. Não cuspo moral e crio possibilidades. Introjete-me em seu meio. Conectamo-nos numa mesma esfera culturaverbsexual.
quinta-feira, maio 03, 2007
Corpo sem menino
Passa boiada
Passa trem
Passa passarada
Passa o que não fica e só fica o que não larga
Dessa vez desmistifica essa vida que não pára
É só para ver se fica pra uma próxima parada.
Desce longe essa montanha
Deslizando no meu corpo
Entendendo o que me resta
Nesses pêlos de enrosco cachos
Acho o que me acerta
Tateio ainda o que me resta
Revirando uma fresta, respirando o outro
Olho
Ai, o que não quero é essa vida de menino
Essa vida de moleque esperantudo do divino
Ribanceira se esgueia e me cobre a cachoeira
Veste um véu sem mais floreias
Intenções de casamento não existe mas atento
Pros perfumes desse vento
Vindo longe d'outra serra
Outras flores
Outras velas
O que não quero é essa vida de menino
Revirando do avesso puxo o que não vi direito
Rasgo trago do umbigo e me acho tão tranquilo
Enganado na cabeça abro aquela gaveta
E descubro um consciente coletivo escondido
Essa vida de moleque esperantudo do divino
Passa boi
Passa boiada
Passa sol
Passa invernada
Passa a alvorada que deixou a nova luz
Celebrando um novo tronco
Novos órgãos e sistemas
Me alinham n'outro tema
O que é novo me conduz
Ai o que eu não quero é essa vida de menino
Essa vida de moleque esperantudo do divino
Obscuro que vagueia
Óbvio que me clareia
E me cega
Claridade de lanterna na cara
Perco
E perdendo só fica o que passa
Atravessa
Se despessa
O meu corpo não é mais morada d'alma
É a própria reorganizada
Ai o que eu não quero é essa vida de menino
Essa vida de moleque esperantudo do divino
segunda-feira, abril 30, 2007
O tao do valor de mercado. Corpo em baixa
Que se dane
O melhor são as contradições
Zen noções
Partindo do aperto
Reparo e pergunto
Qual o valor da virtude?
Partindo do largo me refiro
Processo de mesma atitude
Não conter o desejo?
Rabicho do que não reparo
Me ensinam quando nasço e aceito pro vasto da sorte
Mina,
Mina água dessa pedra e leite dessa santa de tetas grandes
Madona mia: miau
Gata selvagem de sete eternas vidas
Mina sede dessa garganta e mina berro dessa vagina
Ó pátria amanda minhas esquemias carnais
Corpo, porco, alguma dessas escatologias
Sei que te encomoda esse quê sadista
Libertina paradoxia.
O melhor são as contradições
Salamandra só malandra
Chega, pega, amaça e tal
E o tao, não conta?
Conta até o que deserta
Acerta?
Mina,
Talvez não vire, e aí como fica essa desinência social?
Fica no ar
Ou fica no ir?
Posso não esperar e decidir partir.
Aí como fica essa desinência de verba social?
Se tiver grana e tiver boa cama
Se tiver saco sentado em carro importado
Se tiver toda semana um dia de motel
Te cantar em well num inglês
Salamandro, só malandro pra saber ganhar no léro-léro
Papo de sapo brejeiro te fazendo pastar e afundar a canela na lama
Sem querer tirar o pé do fresco.
E que fresquinho, não?
Um vaidoso
Manhoso
Gostoso?
Aí como fica essa relação de ego metrosexual?
Esse papo já tá qualquer coisa e você já tá pra lá de Carapicuíba
Por isso repergunto pro eco:
Qual a virtude do valor?
É diferente do valor da virtude.
Qual o calor que procura?
Qual a moral? Carnal, transcendental?
Já se perguntou isso hoje?
E o que é que fica?
As memórias e as saudades...
É pouca maravilha
Tem que ficar mais
Mas
Sabe do que mais? Chega de preocupações em exageros
Viver nesses temperos é que é se descobrir no turbilhão
Que achamos se chamar paz.
sábado, abril 28, 2007
Corpo de Dolores e de Prazeres
sexta-feira, abril 27, 2007
Corpo Tranquilo
Apuro
Suspiro
Mais puro consigo
Mesmo
Em surtos de desespero
Reverto
Inverto a corrente
E melhoro
Tranquilo
Cem
Vontades a espera
Muda
Direção a quem
Se volte a paquera
Requeira o que queira
Cem momentos zens
Pulsam soltos num corpo
Disponivelmente lascivo
Tranquilo
Vem
E me deleite
Me respeite
Me aquece
Esse ventre desapetrechado de qualquer vaidade
Vale a vontade
Vale o risco de pensar em outra coisa que não mais os aperreios
Rascunho rabisco corpo
Nas lágrimas nado dormidas
Acordo
Decoro Tranquilo
Zen
Arqueiros
Cem
harpejos
Vem desejos
Sem
Agonias
Cant'outra melodia
Que faísca no ar
Luminosa maravilha
Chega
Saco-cheio cheio de bufares
Me reconheço
Zen
Assim me Lê, sim, em linhas?
Um re-corpo tranquilo.
quarta-feira, abril 25, 2007
Perdeu
Em meus poemas outras pessoas
Estou entendendo o esquema
Mudar o fonema pra descobrir outra gramática.
Descobrir outra lingua
Que me pegue de jeito.
terça-feira, abril 24, 2007
Sei sou
dará se
tiver me
Provado de-
finitivamente
Pelado
Tomate
No molho é mais gostoso
Queijo ralado
O presente é pra fluir
Ficar estancado
Enrola o enrolado
Sarado?
Escreve erraaaaado...
Poeta torto soul
Eu sei, sou
De versos
Equivocados:
Não concordo.
Em viva sorte:
Mais azar.
Tirar proveito:
Tento.
Seguinte mar:
Ajeito
Pra encontrar.
Cd-RW:
Pra regravar o regravável
A cada página uma lambida e um beijo na boca?
Tá ficando louca...
A cada verso estou inteiro. A cada página um orgasmo, só se for. De Corpo e corpo.
Não sou bala perdida de tiroteio
Esgueiro certo pr'um outro peito
Que me queira dentro
Espero.
segunda-feira, abril 23, 2007
Corpo Mudo, mudando quieto.
Fica quieto o tempo
Não fala nada e age certeiro
Na virada que nos espera quieta
Muda
Mudamos com o tempo
Reescrevo as linhas que escrevemos
E as músicas que cantamos
Soam notas dissonantes
Aos ouvidos de quem chega
Aos ouvidos de quem vai
Os vindos se acostumam até reouvirem torto
E tudo se desarruma
A cama
A trama
A chama
Muda tudo de novo
O momento em que tudo flutua
Bóia num tempo largo em que nada se resolve e tudo vira espera
Passa boi, passa boiada, passa trem
Passa criança, passa trepada, passa alvorada
E volta nóis traveis
Que coisa engraçada essa graça
Que coisa engraçada rir das desgraças
É necessário
Um dia me disseram que ainda ia ver o tempo passar tão rápido que nem ia ver; o tempo passa tarde demais, tarde demais, tarde demais...
Tarde demais
Em frente, nunca pra trás. Se voltar é porque é velho futuro e não saudoso retrocesso
Me despeço assim tranquilo
Fiz o que fiz
Passo o que faço
E continuo fazendo
Tropeço, acerto, gozo, choro
Rio tropeçando, acertando, gozando dou risada
Rio chorando um fluxo d'água
Rio de água salgada
Rio baldio
O tempo sempre me acerta
E me despenca
Retomando meus textos
Cento e poucos
Nesses anos todos
Dois
Ví no que fui certo
Percorri o meu caminho
Construí o meu corpo
O fluxo é interminável
Robusto me arrasta na correnteza sem palavras
Mudo, quieto
Mudo, mudando
Corpo silencioso
Alarma o que quero
E o que não deixo de não querer
Corpo mudo
Corpo mudando
Corpo Lê o que escrevo
Corpo sendo
Mancebo
Corpo quieto aconchega pra sorte
Recorte o meu corpo e junte-se ao pedaço. Verá que de mim o que fica é uma parte. Escolhida a dedo pra compor seu desejo de ter em você algo de diferente. Me leia pra me ter assim recortado, por inteiro não fico nem a mim mesmo. Pro mundo e pra arte talvez completo me recebam. Dssas causas não pessoais e cosmogônicas, filosóficas em sua ontologia. Pras coisas fico íntegro e me dou. Não mais pras juras, pros aconchegos. Pulo virando no ar cambalhotas e disperso meu cheiro. Capte-o e me venha se quiser comigo atrás seguir a maravilha descoberta dessa nova melodia.
domingo, abril 22, 2007
Corpo que me queira
Você me quer?
Rabisco a vida inteira
Também quer?
Corto trepadeira
E saio andando
Vem me amando?
Fico na geladeira
enquanto você esquenta a frigideira
Posso continuar falando?
Salto do prédio
Você cai do trapézio
Alguém ficou paraplégico?
Procuro na agenda um consolo
Quem me consola?
Gasto sola e gasto o choro
Quem me acompanha?
Apanha
Apanha
Ligo e fico sem resposta
Pra onde vai o esporro?
Esporra
Esporra
Chamo pra um amaço
E recebo o abraço
Pra onde vai o ventre?
Fica afastado
Eu falo que o Falo não fala, se manifesta mudo
Mas você sente.
Quero quem me experimente
Quem me dismistifica?
Corpo que me queira me faça contente
Solto, solto
Solteiro
Agora posso ser Ribeiro, Pinheiro, Oliveira, Silva, Pereira, Silveira, Siqueira, Garcia
Podia
Sou do mundo vagabundo
Vaga
Anda
Corre
Socorre
Me
Alguém?
Salada de frutas proibidas
É o que me ocorre
Sacode e me mostre o charme
Entusiasta
Agito o que me comove
Prove?
Tem jabuticaba madura no pé
Livre de dono
Cheia de abandono
Quero quem me queira
Quer me levar pra casa?
Vamos morar em Paranapiacaba?
Quem me consome?
A vida
A maravilha
A sapatilha de bailarina
A simpatia feminina
A inteligência sem apatia
Ou um belo par de peitos
??????
Um belo par de bundas
Quem me quer?
Aceito duas
Precavio o precário
Sou mais inteligente
Só aceito bom papo
E bom cheiro
E bom recheio
E bom amaço
E bom bocado de tempero
Doce e delicado
Quero quem me respeite
Quem pode ser essa maravilha?
Quem me quer?
Quem me quer?
Quem quer?
Rasgar a seda
Gastar a sede
Ceder na rede
Prender na parede
Emendar no chão
E subir na cama
Dizer que me ama
Gemendo me chama
Rasga a seda
Gasta a sede
Cede na rede
Prender na parede
Se jogar no colchão
Rasgar a seda
Beber a sede
Cantar na rede
Desnuda o corpo
Violão no chão
Violar o corpo
Ponto de fusão
E tudo evapora no fogo
Logo, transformação
Rogo
Quero quem me queira
Você me quer?
Pau pra toda obra
Prova pra todo aluno da vida
Recuperação
Pego a professora
Pego a cdf
Pego a redentora
Pego a mequetrefe
Pego a cantora
Pego a dançarina
Pego a pobrinha
Pego a mordomia
Pego a apatia
Pego a solidão
Pego a alegria
Volta a saudade
Pego por brincadeira
Volta seriedade
Pego por pegar
Solto por não suportar
Pego porque agarro
Machuco porque forço
Porque pego sem querer pegar
Me engano
Pego por ter-me sentido querido
Vacilo
Não nego
E tudo vira bossa depois da fossa
Para tanto me preservo e digo a Deus
Adeus
A quem me dispensa
Digo sabe o que perdes
A quem me convença eternidade
Digo não digas o que não sabes
A quem me prometa devoção
Digo não abras mão da sinceridade
A quem me detém companheirismo
Arrisco não dizer nada e pago a primeira lágrima
Derramada por saber que não existe
Avoar
Avoo
Sinto o ar nos meus cabelos
Da minha pele exala o cheiro
Atrai
Com meus olhos aproveito a paisagem
Escolho
Meus ouvidos são todo ouvido
Pra qualquer tipo de barbaridade
Plano nas nuvens acima da humanidade perto dos Deuses perto dos mortos
Desço na terra e ando
Andando sinto o mundo no tato dos pés
Revés moribundo
Com flores pra entregar
Quem as quer? São rosas, orquídeas, tulipas
As minhas preferidas
Não quero mais andar com margaridas
Quem as quer?
Quero quem me queira
Você me quer?
Você me quer?
Você me quer?
Você
Me quer?
terça-feira, abril 17, 2007
Corpo Vinte e Poucos
Reconheço meu território além do corpo
O espaço que fabrica meus calos de pé e de coração
O campo que acelera o embrutecimento e nos torna mais adultos.
Ana é criança
E tem na vida a ciranda. Se sempre Ana for colorida
Verei no brilho da sua retina a alegria de Aninha
Cheia de graça. Eterna cunhada. Passaremos a passear.
Sofia é criança
Das mais ainda pequeninas
Que nem sabe se dança, se canta, mas alí sempre brinca
Sem querer cria à sua semelhança a vida de esperança.
Sabe de nascença o que é sabedoria.
Maria Júlia é criança
Mesmo sendo Júlia, a frente sempre é Maria. Como todo dia é dia de Maria
Júlia embirra mas logo faz graça e engrossa a maravilha
Simpatia
Sincera, por ser sincera simpatia.
Mariana é criança.
Tem em sí Maria e Ana embutidas
No tamanho esbanja amor e delicadeza de menina moça
Mas mais ainda é uma menina
Chora junto quando choro
Lava junto sua agonia.
Pelas minhas jovens pernas o caminho se faz rápido e curto
Corro
E quase não vejo passar o tempo.
Vagueio
E quase não vejo passar o passado
Amo
E quase não percebo o suave passeio pelas histórias a quem me proponho
Um livro de mil palavras e mil abraços
Rasgando em versos que viram músicas se misturados ao vento
Som sibilante de pássaros e gotas-de-chuva
Mínima música, mínimos os gestos
No cabelo uma luva de aguadas notas musicais que grudam nos emaranhados cachos uniformente tecidos pra prender amor.
Cabelo liso, agarro firme
E perco a força, seguro
Amor de artista pela luta, seguro
E nem te percebo. Ou te percebo se me larga
Te percebo porque me esculacho
Percebo-te em rabiscos fortes
Riacho de sorte ou luta de uma só dor
Pareço o que sou?
Pareço o que pareço e sou o que me vêem
Soou ao vento notas molhadas na chuva musical
Apareceu na janela
Recebeu minha serenata
O que canto não vela
A morte.
Espera
Una ultima suspirata
De morango com chocolates
E muita festa e muita festa
E muita festa, tão pouco choro
Por dias inteiros o sol
varanda e quintal
Nenhum futebol
Una sonata
Só esperava ela. Caminhando ao tempo largo.
Pelas minhas jovens pernas começa a me olhar de baixo pra cima
Vê as coxas, o sexo e a barriga
Vê o peito, os braços, o pescoço e minhas narinas
Não vê meus olhos
Minha janela esconderijo
Onde a criança perdura.
Corpo Lê aprendendo a andar com suas próprias pernas
Onde a criança perdura.
Corpo Anjo aprendendo a voar com suas próprias asas
Onde a criança perdura.
Olha pra mim
Sou o que era?
Espia pela janela
E me faz um arrepio.
Olha pra mim
Meu corpo espirra de frio.
terça-feira, abril 10, 2007
Rebostagem
Branco do branco
Me disseram que um dia ainda ia ver o tempo passar tão rápido que não ia ver. Me disseram que um dia ainda ia prever o futuro de segundos pra acontecer. Um novo mundo logo de tão logo louco submundo mundo de tão mundocão de dia tarde demais tarde demais tarde demais. Tempo tempo tempo do tempo tempero amargo do tempo que passa além do tempo de tempero amargo. Um repente de repentino fim. Fim. Ah meu fim, ó meu fim. Frente trás lado vem dançando a valsa do amor. Um do tre. Hum. Menos que hum... milésimos de hum passando por aí. Me disseram pra um dia ainda eu cuidar de descuidar de cuidar da vida o tempo passa tarde demais tarde demais tarde demais. Um olhar não consegue mais provar qualé nuance, qualé a sentença. As cores passam rápido e tudo vira branco. Qual é a nuance? Qual é a sentença? Tudo fica branco, tudo fica sem. Tudo está mais morto. Me disseram que um dia ainda ia prever o futuro de segundos pra acontecer um dia aconteceu de tudo ficar brando, de tudo ficar branco, de tudo tudo sem nada só tudo ficar só branco do branco.
Corpo Nó
Encerra
O que não despedaço
A hora é dela e não mais giramos no mesmo relógio.
Meu corpo é posto em vazio de abraço e permeia a busca de um novo campo
Sideral
Vácuo
Saudade fátua
Me leve a mal pra ver se te reconheço
Antes eramos um moço de peitos e uma senhorita de barba
Misturávamos nos nossos anseios de jovens
Nossas visões de identidade
Tudo, como mas, um dia foi.
Ao de ser "nosso" prevaleceu a necessidade do "meu"
Eu, eu, eu, há de ser ego
Cego
Ao corpo un-ido só resta agora em dividendos indivíduos.
Corpo nó, vira laço solto
Sou só
Na feliz cidade encerrada em tristeza catártica.
segunda-feira, abril 02, 2007
Corpo que fica
sábado, março 31, 2007
Corpo orelha de burro cabeça de ET
sexta-feira, março 23, 2007
Só digo que sei
terça-feira, março 13, 2007
Ao Fomento
Se fala de periferia
Se cala na casa da tia
A tia avó do teatro
II-
Se voga o verbo correto
Entorta a fibra do belo
Tudo vira hipercrisia
III-
Faz uma lipo na crise
Verá que de volta
O que fala
É a fala do que põe em crise
quinta-feira, março 08, 2007
Reação Criativa
segunda-feira, março 05, 2007
Escrita Sensorial - Exp. II - Pé frio
Escrito enquanto meu corpo reage aos estímulos táteis provocados por duas bolsas térmicas Termo Gel, de tamanho médio, recém retiradas do congelador, localizadas uma em cada sola do meu pé.
Observação 1: Calço 43. A bolsa não pega o pé todo uniformemente, os dedos ficam pra fora.
Observação 2: Como não existe silêncio absoluto no mundo, os sons predominantes são as vozes, ora altas, ora baixas, oraexaltadas, ora tranquilas, dos vizinhos arrumando o quintal.
Segunda. Semana. do mês, qual mês? Dramaturgia de Saramago. Dramaturgia é a liturgia do drama ou o drama é a reza... ou é ora, ora se é hora nem sempre dá pé no alicerce do tempo. Mas tempo é música e dança é espaço e teatro é palavra. Não é nada disso. Não tem nada haver. Não existe é. E pronto. Surgiu um dia, na casa da tia de São Tomé, na vila de leopoldina, no alto sape da periferia. Importa não, o que importa é o pé. O pé da lógica e não se a lógica dá pé. É o início da cabeça quente. Cachaça também da aquela fervura, mas de quentura mesmo, não de imaginação que sai do dedão do pé e segue em corpo ambulante transeunte errante por aí. Quero falar de início. O céu do chapadão, ou o xampu de ponta-cabeça, ou índio pelado, ou a cobra comprida, ou o cumprimento apertado, ou o acerto de contas, a calculadora, ou a justiça de justiceiro com armas. O início da guerra, da festa, da laia, da praia, da vaia, da saia, da raia, do nadador. Do moço, do fosso, da frestra, do trosso, da lasca, do sono, da bosta, do presidente, do brasil de brasa, do brasil de gente. Da vida, da seresta, da música sertaneja, do luar do sertão, do Dominguinhos, do Domingão, de quem pariu o Faustão. Da ditadura, do globo, da rede, do torto, da letra, da barba, do véu, da cachoeira, da noiva, dos deuses, dos rebeldes, do Deleuze. Da política, da prosa e da poesia e da poesia e da poesia. Da filosofia, da arte de contar mentira, da seca, de Amelie Poulein Du Soleil. Do palhaço, do porta-retrato, dos cachorros, dos aniversários de cachorros, do ridículo, do violão. Queria falar de fim... mas fica pra outro dia. De mim fica assim mesmo de nós. De dois meus pés em fria relaxa e relaxa nessa dramaturgia do sangue que sobe e que desce e que bate no centro e que desce e que sobe e pisca meu olhos, arroxeia meus lábios, me nutre e me dá fome e por fim esquenta a minha pele. Queria falar desse fim só: quente.