Pesquisar este blog

terça-feira, outubro 22, 2013

Ao Corpo, Coragem

Hoje em dia clamam
Mais amor
Mais amor
Mais amor
E eu reclamo
Mais coragem, por favor!
Porque é preciso ter coragem para amar. 

sexta-feira, outubro 18, 2013

quinta-feira, outubro 17, 2013

Corpo Desvelado

Tenho a safadeza de desvelar a beleza escondida nas pessoas
Mesmo aquela
escondida por trás do lábio roxo da droga
do cheiro esgoto da miséria
da boyzisse coca-cola
da arrogância intelectual e
do abuso de poder policial
do olhar perdido por trás do iPhone
do coco coberto pela toca
do ombro caído dentro da roupa
do peito espremido do pelo raspado do flagelo em viver
Tenho esse olhar safado de quem enxerga todo mundo mais feliz
Como se no rosto viesse uma nudez crua.
Por isso enxergo todo mundo bonito na rua.
Não quero do teatro o teatro, nem do circo o circo. Também não quero da música a música, ou da dança a dança. Do cinema não quero o cinema. Da pintura não quero a pintura, muito menos da escultura a escultura. Não quero da literatura a literatura, seja prosa ou poesia. Bem como não quero da filosofia a filosofia, seja por retórica ou aforisma. Não quero que me convençam as convenções. Da Isadora Duncan não quero a dança, mas sim a liberdade na praia. De Salvador Dali não quero a pintura surrealista, mas o sonho em cores. Do Fellini não quero o cinema, mas o voyerismo alucinado. Do Dover Tangará não quero o circo, mas o hiato do salto. Do Django Reinhardt não quero a música, mas as sinapses de uma ancestralidade cigana. Do João Guimarães Rosa não quero a literatura, mas o jogo de palavras. Do Neruda não quero a poesia, mas o gozo em metaforizar a paixão. Da arte não quero a arte, quero outra coisa. Não sei o que é, mas não é ela própria em linguagens, esquartejada, legitimada de fora pra dentro, como se fosse a arte um conjunto de membros que não fazem parte de um mesmo corpo. Da arte não quero a arte, quero outra coisa, mas que, no fim, só a arte mesmo é que pode me proporcionar... não sei o quê, só sei que quero e tenho o que dizer.