De longe, longe. Por certo, perto. Caminha reto, de esperto torto, se dá correto. Por essas destas plenitudes, Deus assim se faz armado. Com armadura de Jorge, espada calibre 38. Sem mais Cosme, Damião ou aqueles infantis erêzinhos de Exú. Só o Dragão? Que veste algo à carater de merecer respeito. Algo adulto, sempre sério. Esticadinho, engomado liso. No lugar certo, na vida certa, sem dar passo ao lado e sair da risca. Porque Deus escreve certo por linhas trópicas. No calor do calor, quente no ventre da Virgem - lua nova, no escuro do céu? Lua cheia de quem pariu as regras... necessárias e exageradas. Jorge excomungado por ter matado o Dragão. Jorge excomungado por abrir caminhos em face de Ogum. Jorge são, não é doente. Vive no mundo da lua, olhando aqui pra gente. Salve Jorge da Capadócia, doce homem de espadas. O dragão é maior hojem dia. Comeu, cresceu, cobre o céu, sufoca a humanidade. Dorme ocê agora, num acalanto tranquilo:
Dorme, dorme Jorge
Que o Dragão doura as faces da Terra
Em guerra, descansas tu
Merece
Deixe os homens
Em ímpar assonância
Deflorarem os seios da mãe
Virem ruir seus reinos de fé.
Ficas aí no mundo da Lua
Assista do alto
O banquete
Não chores, fizeste o que fez, ó Ogun
Toque os tambores em trovões cá chegar
Há de um dia tudo criar festa.
Deixe na mão de Deus e dos homens. Eles arrumaram essa increnca.
Das mudanças do corpo cabem as circunstâncias da vida. Cresço e, ao que amadureço, me escancaro. Aqui há minha porta aberta, onde parte o prolongamento de meus braços e pernas além do meu ego de ator e força circense. Partem minhas palavras em corpo, em carta, em viva poesia, mesmo se em prosa vier a narrativa. Sei que espiam e não deixam pistas, mas, se puderem, comentem... e deixem um pouco da sua carne poética em minha cerne criativa. Experimentem...
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sexta-feira, outubro 13, 2006
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