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sábado, março 31, 2007

Corpo orelha de burro cabeça de ET

A burrice é síntese. Sim. Simbiose da ignorância. Burrice não é ignorância? Pareço ter orelhas de burro... parece que sim. Idiotisse é síntese? Por tudo que fazemos, ao todo do ser, e do tempo, podemos, talvez, por assim dizer, em resposta a uma ação, ou a uma não-ação, por distração, ou por desespero de chegar logo, atender ao choro, concertar o erro, saio vivendo e vivo correndo, sem pé no freio do fusca, ofusca a vista e chego sem gasolina, nem pega no tranco, se pega sai em solavanco e morre afinal, posso assim ser chamado de burro? Preciso de tranco? Arranco, dou marcha-ré e apresso. Tudo nessa vida está errado. Essa ordem do acerto é que é. Certo e errado. Burro e inteligente. Certeiro e inconveniente. Sonhador... posso viver assim dos contrários? Viver um e n'outro de repente. Irritar os outros de inocente e brilhar aos olhos n'outr'hora quase sem-querer? Qual a minha intenção nas coisas? Quais as minhas escolhas? Pra que sirvo afinal? Pro circo ou pro teatro? Pra literatura ou pra música? Pra feirante ou pra banqueiro? Pra pai-de-santo ou pra acadêmico? Pra todo mundo ou pra mim mesmo? Essa idéia de lutar pelo coletivo ande me cansando. Já é muito difícil se aguentar sozinho. Queria começar a pensar pequeno porque assim realmente somos. Já viu o tamanho do mundo? Não dá pra voltear com um tanque cheio de gasolina. Dá no máximo até a esquina. Tenho que sacar até onde posso ir. Até onde sou capaz... Avançar um passo por vez e sempre com muito cuidado. Ou se jogar de vez do penhasco e na queda viver tudo de uma só vez. Burrice é fato?

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