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segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Meu Corpo em Três Atos


Segundo Ato - Da Mão a Testa, Que Pensa Que Pensa

A fresta
Vivendo na confusa imagem que resta
Passada as estreitas pelo cabresto
Está feito
Pensado
Rasgada a imagem da festa
Que merda
Sofrendo na lei das virtudes e sabe
Vi direito
E por respeito
Fico quieto.
Da mão a testa
Do toque arrependo e a moral desconversa
Oral, anal, substâncial
O que vale a testa?
Será que tem fresta que arreganhe o valor? Deixa a festa
Encerra o ato que intermeia
Logo logo partem as meias
Horas
E entramos todos numa grande energia sexual.

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Meu Corpo em Três Atos


Primeiro Ato - A Mão Que Toca o Instrumento

Pega a pele
Pega a gosma
Pega a sede
Pega a sola
E sola tudo numa suite Wagneriana

Pega o olho
O repolho
O zarolho
Finca
Planta o caroço
E nasce um trecho dissonante
No piano parecido com o de Mozart

Pega em cheio
Chuta o saco
Enche a tese
De certo
Disserta à ralé dicotomia
Anemia
Sub-revelia de paixões
De tensões
Distrações
Vencidas na partida de futebolimia
De simpatica rebeldia
Chuta o saco
Golpe baixo
Gospel rádio
E a moderna música brasileira de 1960
Tocada no séc 2001
Ufa!

Ato torto
Escoliose
Escolástico demais
Pega a nota "passe vasilina, enfie, soque e meta no tanque de gasolina"
Numa pré
Numa quase fé
Numa pré musicalogia
Num ato de um corpo
O primeiro
Em espelho me reflete
Numa pré
Só esquete
Numa breve passagem de Tom Zé.

Ô Tom Zé!

Meu Corpo em Três Artes

Sempre rabisco em mim o circo
E a música
O teatro é forma
É a folha em branco pronta pra ser escrita
Com rabisco
O circo e a música
O teatro é só amálgama
Juntar tudo em meu corpo que é a tela
Pro rabisco
O circo e a música
O teatro é estrutura
Pro rabisco
O circo e a múscia
Só de palhaços e dissonâncias
Respectivamente
O teatro... é amor, mesmo assim.

sábado, fevereiro 04, 2006

já falei muito de saudade
Assim diretamente saudade
Saudade em tudo saudade
Pinga a pipa na tarde de criança
Corre o marmanjo fazer cerol
Sobe, quebra telha no telhado
Empina mesmo que molhado o papel pesado
A rabiola risca Norato no céu
Cabeça em losango mais retângulo
e lá está
Triunfante a peçonha voadora.
Talvez nunca tenha falado de amor
Assim diretamente amor
Amor em tudo amor
Pinto
Bordo
E faço crochê

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Quero deste espaço
A praça publica da internet
Onde putas fazem ponto
E estão longes os cdf's
Fazendo plantão de física
Descobrindo a bomba atômica
Colocando a mão na massa
Na desgraça quase tísica de chegar ao ponto
De não ver o ponto que se chega a praça humana
Perder a poesia e a grama, a árvore e a criança
Perder a boemia pros sites de jogos da vida
E enxergar a pornografia por trás de uma tela que faz mal a vista.

Quero deste espaço a visão que não queria.