Das mudanças do corpo cabem as circunstâncias da vida. Cresço e, ao que amadureço, me escancaro. Aqui há minha porta aberta, onde parte o prolongamento de meus braços e pernas além do meu ego de ator e força circense. Partem minhas palavras em corpo, em carta, em viva poesia, mesmo se em prosa vier a narrativa. Sei que espiam e não deixam pistas, mas, se puderem, comentem... e deixem um pouco da sua carne poética em minha cerne criativa. Experimentem...
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terça-feira, março 25, 2014
da série Sem Açúcar, Sem Afeto
Corpo Retórico
Organizarei um grande desfile socrático. Modelos padrão irão desfilar vestindo as mais belas retóricas, criadas pelos mais badalados estilistas. Contemplará o desfile toda a alta gramática, que, mesmo 'demodê', saboreará taças de Moët & Chandon enquanto tece comentários redundantes sobre o modelo retórico em exposição.
Organizarei um grande desfile socrático. Ao final canapés com gosto de bunda serão servidos em reluzentes bandejas de prata. Gargalhadas forçadas serão a sonoplastia de conversas pseudocultas, como piadas que ninguém entende mas ri, ri, ri alto para mostrar que está feliz.
Organizarei um grande desfile socrático. Terminado em orgia, mulheres de plástico e pintos drogados, frutos de dólares e dólares de investimento, farão do sexo algo chique, com sujeitos e predicados de alta etiqueta, usando máscaras filosóficas da mais alta qualidade capazes de esconder rostos aventurando-se em elocubrações orgásticas extraconjugais.
Organizarei um grande desfile socrático... e ficarei ali olhando tudo se acabando, tudo se morrendo, só para me perguntar de forma retórica se a vida é viva mesmo.
terça-feira, março 18, 2014
Quero ser Leandro Hoehne, enquanto outros só querem me-ter...
da série Sem Açúcar, Sem Afeto #2
da série Sem Açúcar, Sem Afeto #1
da série Sem Açúcar, Sem Afeto #3
Se me mordesse
me lambesse
me chupasse
veria que amargura é o que me resta
Aqui dentro não há festa
só café com chocolate