Das mudanças do corpo cabem as circunstâncias da vida. Cresço e, ao que amadureço, me escancaro. Aqui há minha porta aberta, onde parte o prolongamento de meus braços e pernas além do meu ego de ator e força circense. Partem minhas palavras em corpo, em carta, em viva poesia, mesmo se em prosa vier a narrativa. Sei que espiam e não deixam pistas, mas, se puderem, comentem... e deixem um pouco da sua carne poética em minha cerne criativa. Experimentem...
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terça-feira, junho 03, 2014
da série Corpo em Auto...
quarta-feira, maio 21, 2014
quinta-feira, maio 15, 2014
Corpo de Portas Abertas
segunda-feira, abril 28, 2014
da série A Moderna Ditadura do Amor Pós-Moderno ou Por Onde Anda Pinochet Que Não Veio Dizer Que Me Ama
terça-feira, abril 22, 2014
terça-feira, abril 08, 2014
da série A Moderna Ditadura do Amor Pós-Moderno ou Por Onde Anda Pinochet Que Não Veio Dizer Que Me Ama
terça-feira, abril 01, 2014
Eu Sozinho e Um Mundo Vazio ao Meu Redor
da série A Moderna Ditadura do Amor Pós-Moderno ou Por Onde Anda Pinochet Que Não Veio Dizer Que Me Ama
Que seja ele um encontro de corpos
da série A Moderna Ditadura do Amor Pós-Moderno ou Por Onde Anda Pinochet Que Não Veio Dizer Que Me Ama
sem a tela, sem make'up
terça-feira, março 25, 2014
da série Sem Açúcar, Sem Afeto
Corpo Retórico
Organizarei um grande desfile socrático. Modelos padrão irão desfilar vestindo as mais belas retóricas, criadas pelos mais badalados estilistas. Contemplará o desfile toda a alta gramática, que, mesmo 'demodê', saboreará taças de Moët & Chandon enquanto tece comentários redundantes sobre o modelo retórico em exposição.
Organizarei um grande desfile socrático. Ao final canapés com gosto de bunda serão servidos em reluzentes bandejas de prata. Gargalhadas forçadas serão a sonoplastia de conversas pseudocultas, como piadas que ninguém entende mas ri, ri, ri alto para mostrar que está feliz.
Organizarei um grande desfile socrático. Terminado em orgia, mulheres de plástico e pintos drogados, frutos de dólares e dólares de investimento, farão do sexo algo chique, com sujeitos e predicados de alta etiqueta, usando máscaras filosóficas da mais alta qualidade capazes de esconder rostos aventurando-se em elocubrações orgásticas extraconjugais.
Organizarei um grande desfile socrático... e ficarei ali olhando tudo se acabando, tudo se morrendo, só para me perguntar de forma retórica se a vida é viva mesmo.
terça-feira, março 18, 2014
Quero ser Leandro Hoehne, enquanto outros só querem me-ter...
da série Sem Açúcar, Sem Afeto #2
da série Sem Açúcar, Sem Afeto #1
da série Sem Açúcar, Sem Afeto #3
Se me mordesse
me lambesse
me chupasse
veria que amargura é o que me resta
Aqui dentro não há festa
só café com chocolate
quinta-feira, março 06, 2014
Corpo ...
terça-feira, fevereiro 25, 2014
Corpapátrida
Quase sempre brocha, quase sempre xôxa
Hasteai aos patriotas
Aos generais
Hasteai à toda classe de senhores
A toda casa de senhoras
Hasteai a bandeira dos amores oprimidos
Dos sabores suprimidos
Dos sem poesia, de mãos atadas, relações regradas
Dos nó. Cego.
Hasteai a bandeira
Hasteai a bandeira
Hasteai aquela que será derrubada
para Nunca mais apontar em riste
O rifle
O dedo
O cacetete ou
O cacete
Que fará das pessoas livres
No amor
Na fé
Na sorte
Na morte
Pra morrer como quiser...
Não
Não hasteai
Não hasteai a bandeira
Não hasteai bandeira nenhuma
Nem aquela da paz
Que jaz em tantas bandeiras.
Nem mesmo a comunista
Ou social
Cristã, ou
Aquela
Republicana
da direita ufanista
O que quero dizer
Porra
É que bandeira nenhuma importa
Se no alto o que balança é um pano
E no peito não balança nada
Se no alto vibram cores
E no peito não vibra nada
Se no alto está protegido o símbolo
E ao peito aberto, um tiro.
Prefiro a bandeira embaçada pelo brilho nos seus olhos
Porque
Preciso acreditar que há humanidade neles
Preciso acreditar que me olha como um de mim
Assim,
Enquanto hastear bandeiras, me olhará como um pedaço de pano
E se as cores não forem as mesmas
É triste
Mas um de nós cairá
Para que a outra permaneça em riste.
domingo, fevereiro 23, 2014
Corpo Dessabido
Um sábio chinês que cansou de ser sábio um dia soube que não dava para dessaber. Mas como já sabia que estava cansado de saber, fingiu que disso não saberia e daquele dia em diante tudo ficou diferente. Reaprendeu a contar as flores e a nomear as coisas, a cantar amores e saborear amoras. Aprendeu amar tudo de outros jeitos. Resolveu pensar que talvez nem fosse chinês e aprendeu a falar o erre. Passou a controlar os soluços e a chorar quando tinha vontade. Conseguia provocar bocejos incontroláveis nas pessoas e a suscitar risos em reis. Divertiu-se em incontáveis vezes. Então, cansado de já saber tudo de novo, sentou em frente a outro dos sábios e perguntou: como dessaber de tudo, tudo mesmo, se eu como dessaber souber? O sábio olhou para ele com cara de quem o ignora, provocando uma pausa momentânea, pensativa, rispidamente respondeu: não sei.