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domingo, agosto 12, 2007

Corpo Assim: em arena

Jorge partindo de Capadócia
Capa dócio seu martírio
Esquece que pra significar-se São, precisa de cristo.
Jorge se descobre Jorge
Ele, assim, ele
Tribuno militar,
Cavalheiro romano,
Guerreiro das areias vastas.
Jorge na mata não mata
Precisa do bege areial manchado de sangue:
Rubro rumo de sua sede.
Jorge matou dragão na areia.
Nos circulares,
Espiralado destino,
Alcança portais de luta,
Maré baixa:
Bancos de mulheres de atenas,
Morenas sereias.
Há o que há de melhor
Numa só, encantadora de serpentes,
Me cerca em amores e preciso de mim cuspir fogo
Soltar pelas ventanias do corpo
Arder de modo todo, completo,
A primordial fonte voraz, vigorosa:
Espada na mão rasgando carne úmida
Um, ida... e vinda
Apenas delicadezas, toques de pena...
Jorge então
Vira dragão na arena.

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