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domingo, agosto 16, 2009

Depois da bela ilha

Por todas aquelas paisagens, do que mais gozava era o tempo e n�o uma beleza visual dessas que nos enchem de suspiro remetendo ao para�so. H� muitos para�sos, mas arrisco dizer que aquilo que os faz comuns entre si � esse tempo que n�o passa, ou que passa brando, leve, sem ansiedade de ser tempo. Isso � maior que qualquer recorte de costa, areia de conchas, rio de �gua transparente, pedras esculpidas pelo mar. Poder aproveitar desse n�o ligar se demoro ou se corro, se vivo ou se morro, numa boa sombra dando um passo adiante ao sol e outro passo adiante ao mar, isso sim � que faz de uma boa paisagem um canto de �den.

Sei ser necess�rio esse tr�nsito entre produzir na megal�pole - trabalhar, se sentir preenchido com projetos, j� que fomos criados para ser assim e agora n�o h� mais o que mude isso, porque isso somos n�s, isso sou eu - e respirar ar de montanha e refrescar-se numa quebra de onda. Mas tamb�m gostaria de viajar sem estar viajando e sentir que fa�o parte da natureza, que desse tempo largo � feito meu metabolismo, meu pensamento, minha criatividade. Voltei remexido, e quero juntar as coisas, n�o precisar mais do tr�nsito, ser tudo isso inteiro sempre. Daqui por diante s� quero pensar em projetos que dar�o certo, e o certo agora � considerar que n�o h� mais distin��o entre mim e o mundo.