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sexta-feira, abril 27, 2007

Corpo Tranquilo

Sem
Apuro
Suspiro
Mais puro consigo
Mesmo
Em surtos de desespero
Reverto
Inverto a corrente
E melhoro
Tranquilo

Cem
Vontades a espera
Muda
Direção a quem
Se volte a paquera
Requeira o que queira
Cem momentos zens
Pulsam soltos num corpo
Disponivelmente lascivo
Tranquilo

Vem
E me deleite
Me respeite
Me aquece
Esse ventre desapetrechado de qualquer vaidade
Vale a vontade
Vale o risco de pensar em outra coisa que não mais os aperreios
Rascunho rabisco corpo
Nas lágrimas nado dormidas
Acordo
Decoro Tranquilo


Zen
Arqueiros
Cem
harpejos
Vem desejos
Sem
Agonias

Cant'outra melodia
Que faísca no ar
Luminosa maravilha
Chega
Saco-cheio cheio de bufares
Me reconheço
Zen
Assim me Lê, sim, em linhas?
Um re-corpo tranquilo.

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