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sexta-feira, agosto 29, 2008

Notas Sobre o Corpo

Breves em performance, postas pós experiências corporais em work(sem shop) com Eleonora Fabião.

Processos. Respostas daqui pro diante, só com retiscências...

Pergunta: O que é corpo?

... : Corpo é... conexão. Ponte, transversalidade, que enraiza a terra e infinita ao céu. Corpo é soma, mas também é uno, total sem partes, corpo. è processador ao mesmo tempo armazenador. Não como um computador numa ação de armazenar e separar em separado, mas sim uma ação fluida ininterrupta de armazenar o que se processa e processar o que se armazena. Corpo é cérebro e é cú, corpo é membros e é centro, é moral e é vontade... e também é o único capaz de transpor tudo isso...

... Corpo é baba, é unha fedida, é pêlo, cabelo, caralho. Corpo é algo mágico, porém real. O mágico sem mistério, enigma, mágica natural, da natureza que é feiticeira. Corpo também é aquilo que eu permetir que ele seja...

... Corpo é linha pra frente da vida. Não volta, não pára, não deixa de ser movimento. O que te barra, te cruza, não deixa de ser somente uma outra vida que também não pode deixar de ser esse contínuo movimento e, quando assim acontecer, que se dê a volta e descubra outro caminho. Que se atravesse, atravez de, caminhos, esse, longe, até, não sei quando, não sei onde...

... Dia 1, Dia 2 e Dia 3, respectivamente, até que chegue outra vez...

sábado, agosto 23, 2008

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Arrisca,
Petisco de ostras podem trazer vento de pum

(Aqui é tudo muito belo e profundo)

Que se caia então à besteira
e
Viva a poesia do ridículo
e
Que nos valha os palhaçaria brasileira

terça-feira, agosto 12, 2008

Outra

Se um dia eu vencer a cidade e me entregar ao pulso de viver no mato, vou me ensaboar com sabugo de milho e me cobrir com manta de capim sidreira. E vou dormir cedo e vou acordar cedo. A noitada só será dos grilos, porque de manhã vou ganhar o sol de presente, embrulhado pra bom dia. Mas se um dia quiser escapar e ter a lua pra uma noite minha, peço com jeitinho, que é pro verde silênciar os bichos e as estrelas só se satisfazerem num voyerismo galático. Alí abraço a redonda prata que é pra amanhecer com preguiça do sol e fingir que a fadiga é saudade de alguma cidade perdida.