Breves em performance, postas pós experiências corporais em work(sem shop) com Eleonora Fabião.
Processos. Respostas daqui pro diante, só com retiscências...
Pergunta: O que é corpo?
... : Corpo é... conexão. Ponte, transversalidade, que enraiza a terra e infinita ao céu. Corpo é soma, mas também é uno, total sem partes, corpo. è processador ao mesmo tempo armazenador. Não como um computador numa ação de armazenar e separar em separado, mas sim uma ação fluida ininterrupta de armazenar o que se processa e processar o que se armazena. Corpo é cérebro e é cú, corpo é membros e é centro, é moral e é vontade... e também é o único capaz de transpor tudo isso...
... Corpo é baba, é unha fedida, é pêlo, cabelo, caralho. Corpo é algo mágico, porém real. O mágico sem mistério, enigma, mágica natural, da natureza que é feiticeira. Corpo também é aquilo que eu permetir que ele seja...
... Corpo é linha pra frente da vida. Não volta, não pára, não deixa de ser movimento. O que te barra, te cruza, não deixa de ser somente uma outra vida que também não pode deixar de ser esse contínuo movimento e, quando assim acontecer, que se dê a volta e descubra outro caminho. Que se atravesse, atravez de, caminhos, esse, longe, até, não sei quando, não sei onde...
... Dia 1, Dia 2 e Dia 3, respectivamente, até que chegue outra vez...
Das mudanças do corpo cabem as circunstâncias da vida. Cresço e, ao que amadureço, me escancaro. Aqui há minha porta aberta, onde parte o prolongamento de meus braços e pernas além do meu ego de ator e força circense. Partem minhas palavras em corpo, em carta, em viva poesia, mesmo se em prosa vier a narrativa. Sei que espiam e não deixam pistas, mas, se puderem, comentem... e deixem um pouco da sua carne poética em minha cerne criativa. Experimentem...
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sexta-feira, agosto 29, 2008
sábado, agosto 23, 2008
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Arrisca,
Petisco de ostras podem trazer vento de pum
(Aqui é tudo muito belo e profundo)
Que se caia então à besteira
e
Viva a poesia do ridículo
e
Que nos valha os palhaçaria brasileira
Petisco de ostras podem trazer vento de pum
(Aqui é tudo muito belo e profundo)
Que se caia então à besteira
e
Viva a poesia do ridículo
e
Que nos valha os palhaçaria brasileira
terça-feira, agosto 12, 2008
Outra
Se um dia eu vencer a cidade e me entregar ao pulso de viver no mato, vou me ensaboar com sabugo de milho e me cobrir com manta de capim sidreira. E vou dormir cedo e vou acordar cedo. A noitada só será dos grilos, porque de manhã vou ganhar o sol de presente, embrulhado pra bom dia. Mas se um dia quiser escapar e ter a lua pra uma noite minha, peço com jeitinho, que é pro verde silênciar os bichos e as estrelas só se satisfazerem num voyerismo galático. Alí abraço a redonda prata que é pra amanhecer com preguiça do sol e fingir que a fadiga é saudade de alguma cidade perdida.
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