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quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Sô Nô

Sô No sense

Sô Circense

Mas não sou herói

Não me destrói porque dói

Faça o censo

Quem não diz da altura que despenca,

O arremesso,

Quem não meça o verbo que dispara... Porra!

Viva em cada tempo

Na literatura o sadomasoquismo fez suas vestes

Há quem não confesse

Chicoteia a merda no ventilador e arremessa o cavalo pra fazer vento

Sô No sense

Sô Circense

Mas não sou herói

Não me destrói porque dói

Abafa o caso

Senão pega mal pra cacete

Dizer que anda rolando porrete pra todo lado

E ao lado

Toda vida se diz perfeita até abrir a geladeira

E achar o que está fedendo

A borra do café me disse que seria assim mesmo

Tudo superaquecendo e o mundo declinando, que tudo mina

Mas isso é desculpa de precoce

Que não sente que tudo acaba só quando termina

Sô No sense

Sô Circense

Mas não sou herói

Não me destrói porque dói

Cantar de galo

Acordar desafinado

Despertador João Gilberto pra mostrar um dia incerto

Será que vale a pena?

Há mais muito do que tudo que a gente imagina

Macunaíma,

Quem diria que existiria?

Agora o anti-herói será você, improvisa...

terça-feira, fevereiro 12, 2008

O Pulso Ainda... despulsa, varia... varia, expulsa

As horas podem bater num pulso diferente. Quem disse que o tic tac é sempre equivalente? Minha música não precisa de tempo, dou a ela e dão a ela qual quiserem... As notas podem bater num pulso diferente. Assim a melodia de horas no meu dia ficam prum sentimento que me envolva, na velocidade de segundos, mesmo que os segundos durem horas. Tranportar pro tédio a vagarosidade... porque não pro prazer do brisa? Mas se tão boa também é a ventania transmitir pro ócio a pressa produtiva. Tudo é válido se for validado. Tudo é validável se tiver um olhar livre. No caso o olho fica virado pra dentro e falo do meu ouvido e dos meus dedos sem pulso musical, porque neles correm um sangue em velocidade desigual. Faço do despulso minha linguagem, expulso o que me cabe ocidental, também não me cabe oriental. Deste tictac bipolar do mundo o cosmo é que pulsa sua caocidade transcendental.

Vale citar aqui Willy Correa e John Cage

Tempo

Contra Tempo

Contra o tempo

A tempo

De dizer ao tempo

Seja diferente

Atonal

A tempo atemporal

sábado, fevereiro 09, 2008

Abril

Abriu
Janelas, portas, portões, fendas, veredas
Entrou, chorou, partiu, rachou, cortou, trilhou, ou...
Será que vai? Será que dá? Mais um abril despedaçado
Um samba assim assado
Até...
Sou um pouco de favela na maré
Revolto nas águas de março
Adiantado em fevereiro...
Abriu?
O cadeado, o fosso, o céu, o horizonte
Pisei na poça até a canela e afundei o pé na lama
Reclama, reclama... estou sozinho em casa denovo e te escrevo por telepatia
Proclama, proclama... a independência é uma questão de grito, rio e espada em riste
Pau na mão Ipiranga.
Qual meu córrego? Me encha março, pra derramar abril nas margens e abrir em maio algo maior que Juno
Em junho: vamos dançar quadrilha...