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terça-feira, setembro 20, 2005

Tempo Memória, O Corpo Construído

Ah tempo...achou que ia passar batido? Um, dois, três textos passam a sua frente, mas quatro já seria demais... três textos sem falar no tempo. Mas tempo é tempo...tempo é tempo...o tempo está no tempo, impossível não falar... está aí, pra te contaminar.

- Tempo, quero contar-te uma história. Vamos passear naquelas ilhas decotadas? Esquecer do tempo e viver no largo, no longo e aberto. Nada de querer ser estreito, curto e fechado. Eu quero um tempo hábil pra viver grandes paixões, serenar pelos vulcões, alastrar pelos sertões esse teu sorriso largo!
Jo
Ana e meia, meio inteira. Quero sim.

Tá vendo, Tempo? Quero sim... e não me venha com suas trapassas de senhor Tempo mal humorado me tirar deste compasso três por quatro. Quero a valsa antes do poperô. Quero tantra antes de tanta pressa. Tempo tempo... tempera minha vida como tem temperado desde sempre, mas me deixe sentir esse gostinho de felicidade e não saia atropelando meus sentimentos. Fica comigo nessas ilhas decotadas viajando cada estação, decifrando cada estrela. Não me apresse, não me pisoteie a cabeça.


Daquele um

Um dia daqueles
Desses dias sem aqueles
Em que eles são só mais um de mim.

Um dia daqueles
Dessas tardes sem solzinho
Uma semana sem domingo
Sem cem das estrelas românticas que um dia...

Daqueles
De contar segredos que por tempos não me lembro
Viver bons ares, respirar inquietudes
É como um ano sem Novembro!
Como pode Dezembro nunca chegar? E o ano não acabar...

Num dia daqueles
Reveillon na praia, no sitio, no quintal de casa
Fogos de artifício que se ascendem e se apagam...
Dias de minha história que, se vêm, logo vão embora.


Um demorado beijo àqueles que tem feito de minha vida algo que transita além do tempo do relógio. Que me fazem perder a noção dos segundos e me largam somente ao tempo biológico. Tempo de papo de bar, de aconchego num abraço, de um beijo desejado. Um grande cheiro aos construtores de minha memória.

terça-feira, setembro 13, 2005

O Corpo Descabeçado

Arranque minha cabeça e perco quatro dos meus sentidos
Sobra um
Se quiser se comunicar comigo
Tateie-me