Cheiro beijo úmido cheiro beijo úmido toque úmido cheiro beijo toque laço úmido cheiro beijo úmido toque laço abraço úmido beijo cheiro beijo toque abraço laço
Pernas abertas virilhas ciumentas
Úmido cheiro toque abraço beijo
Entre pernas abertas toque
Cheiro laço úmido virilha aberta costas lisas beijo
Ciumento abraço toque pernas abertas virilhas abertas abraços abertos apertos laços abertos mais perto penetro
Corpo fechado
Cheiro de mel.
Das mudanças do corpo cabem as circunstâncias da vida. Cresço e, ao que amadureço, me escancaro. Aqui há minha porta aberta, onde parte o prolongamento de meus braços e pernas além do meu ego de ator e força circense. Partem minhas palavras em corpo, em carta, em viva poesia, mesmo se em prosa vier a narrativa. Sei que espiam e não deixam pistas, mas, se puderem, comentem... e deixem um pouco da sua carne poética em minha cerne criativa. Experimentem...
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quinta-feira, outubro 25, 2012
quarta-feira, outubro 24, 2012
Corpo Bem Zen Mal
Meu bem
Não me peça espetáculo quando estou todo ensaio
Não me peça preparo quando estou todo acontecimento
Não me peça ordem quando estou todo confusão
Não me peça caminho quando estou bifurcação.
Meu zen
Me peça barulho se estou na nua carne do ser
Me peça enxoval se perceber um algo mais
Me peça uma reza para sua missa dominical
Me peça pecado quando estiver baixo astral
Meu mal
Me perca no umbigo e me ache
Me ache nas veias e se mostre
Se mostre centelha e me encharque
Me encharque de sangue, xeque-mate
Não me peça espetáculo quando estou todo ensaio
Não me peça preparo quando estou todo acontecimento
Não me peça ordem quando estou todo confusão
Não me peça caminho quando estou bifurcação.
Meu zen
Me peça barulho se estou na nua carne do ser
Me peça enxoval se perceber um algo mais
Me peça uma reza para sua missa dominical
Me peça pecado quando estiver baixo astral
Meu mal
Me perca no umbigo e me ache
Me ache nas veias e se mostre
Se mostre centelha e me encharque
Me encharque de sangue, xeque-mate
quarta-feira, outubro 10, 2012
Corpo Vingança
Um bandido, que é uma pessoa, mata um PM, que também é uma pessoa. Então a PM, que é uma instituição, mata 5 suspeitos, que são pessoas. Pode ser então que 5 bandidos, pessoas que são, matem 5 PMs, também pessoas. E então, talvez, a PM, que é uma instituição, mate 25 suspeitos, que são pessoas. Quiçá 25 bandidos matem 25 policiais, gente matando gente, e a PM, que é uma instituição resolve matar 225 suspeitos. E então 225 pessoas, que talvez nem fossem bandidos, resolvem matar 225 PMs. Então toda uma corporação, feita de pessoas submetidas a uma instituição-estado, se organiza para matar 1125 suspeitos, pessoas que ironicamente também são o Estado em sua constituição de direitos deveres. Ou seja, são pessoas matando pessoas, no patamar humanitário, e Estado matando Estado, no patamar político-social.
A questão é... no nível pessoal: uma pessoa, que poderia ser policial ou bandido, matou meu pai, uma pessoa também, para roubar o carro da empresa em que trabalhava - pessoa jurídica do corporativismo multinacional, criada para lucrar com a exploração do trabalhador e dos recursos naturais controlados pelo Estado. A instituição polícia não fez nada, arquivou o processo e o caso é uma incógnita. A instituição empresa multinacional perdeu o bem carro e o bem funcionário, que alugava mediante salário razoável, e ajudou a familía nesse momento difícil com o enterro. O vizinho que viu tudo também não fez nada, cidadão de direitos e deveres, preferiu calar por medo ou comodidade mesmo.
Eu, ser-humano que sou, que ouvi tudo acontecer e vi cruamente de perto o desfecho, com sede incontrolável de vingança, colocaria a polícia, o bandido, o vizinho e o patrão multinacionalista de mãos dadas. Me armaria de armamento pesado até os dentes. Engatilhava a sanfona e dispararia acordes maiores, menores e dissonantes no peito de todos. Puxaria um Si menor na sanfona e convidaria a todos para dançar uma ciranda, dança de roda para as crianças que, como pessoas, todos um dia foram... O militar, o civil, o Estado e a indústria.
A isso daria o nome de Roleta Brazuca ou O Dia em Que eu Fiquei Zica... Depois colocaria as fotos no facebook pra vcs curtirem de seu confortável sofá ou cadeira de escritório.
A questão é... no nível pessoal: uma pessoa, que poderia ser policial ou bandido, matou meu pai, uma pessoa também, para roubar o carro da empresa em que trabalhava - pessoa jurídica do corporativismo multinacional, criada para lucrar com a exploração do trabalhador e dos recursos naturais controlados pelo Estado. A instituição polícia não fez nada, arquivou o processo e o caso é uma incógnita. A instituição empresa multinacional perdeu o bem carro e o bem funcionário, que alugava mediante salário razoável, e ajudou a familía nesse momento difícil com o enterro. O vizinho que viu tudo também não fez nada, cidadão de direitos e deveres, preferiu calar por medo ou comodidade mesmo.
Eu, ser-humano que sou, que ouvi tudo acontecer e vi cruamente de perto o desfecho, com sede incontrolável de vingança, colocaria a polícia, o bandido, o vizinho e o patrão multinacionalista de mãos dadas. Me armaria de armamento pesado até os dentes. Engatilhava a sanfona e dispararia acordes maiores, menores e dissonantes no peito de todos. Puxaria um Si menor na sanfona e convidaria a todos para dançar uma ciranda, dança de roda para as crianças que, como pessoas, todos um dia foram... O militar, o civil, o Estado e a indústria.
A isso daria o nome de Roleta Brazuca ou O Dia em Que eu Fiquei Zica... Depois colocaria as fotos no facebook pra vcs curtirem de seu confortável sofá ou cadeira de escritório.
terça-feira, outubro 09, 2012
quinta-feira, outubro 04, 2012
quarta-feira, outubro 03, 2012
Corpo Esquema
O esquema é ser rico...
De poesia e de prosa
E só querer ter carrão
Tipo uma Kombi pra levar a galera
O esquema é ter costas largas...
De tanto tocar sanfona e voar no trapézio
Ser influente
Influenciar pro bem a molecada
O esquema é só ter esquema com magrela...
Dar carona na garupa da bicicleta
E correr tocando campainha dos outros
Pra dizer que no bairro vai ter teatro de graça
O esquema é tentar a sorte no jogo...
De fim de semana, no futebolzinho que a gente tanto ama
E não faltar com amor na cama
Na mesa e no olhar mesmo pra quem desanda, se arma e desama
O esquema é ferrar com tudo...
Ferrar com tudo que põe ferradura em sonho
E partir pra guerra
A guerra contra os valores que encabrestam todos
Ora, então ponho
Ponho mesmo
Ponho meu verbo no mundo.
Deponho meu esquema vadio,
Ofereço meu corpo.
Ponho
Ponho emoção no pensamento e penso que desisto de criar caso só pra ver se crio outro
Outro
Outro
Os outros
Outras possibilidades do impossível. Talvez a periferia não seja invisível
Então o esquema é ir pra cima...
Fazer amor
Por cima e por baixo
Ir pra praça e pra rima
Depois que começa...
Nunca termina
De poesia e de prosa
E só querer ter carrão
Tipo uma Kombi pra levar a galera
O esquema é ter costas largas...
De tanto tocar sanfona e voar no trapézio
Ser influente
Influenciar pro bem a molecada
O esquema é só ter esquema com magrela...
Dar carona na garupa da bicicleta
E correr tocando campainha dos outros
Pra dizer que no bairro vai ter teatro de graça
O esquema é tentar a sorte no jogo...
De fim de semana, no futebolzinho que a gente tanto ama
E não faltar com amor na cama
Na mesa e no olhar mesmo pra quem desanda, se arma e desama
O esquema é ferrar com tudo...
Ferrar com tudo que põe ferradura em sonho
E partir pra guerra
A guerra contra os valores que encabrestam todos
Ora, então ponho
Ponho mesmo
Ponho meu verbo no mundo.
Deponho meu esquema vadio,
Ofereço meu corpo.
Ponho
Ponho emoção no pensamento e penso que desisto de criar caso só pra ver se crio outro
Outro
Outro
Os outros
Outras possibilidades do impossível. Talvez a periferia não seja invisível
Então o esquema é ir pra cima...
Fazer amor
Por cima e por baixo
Ir pra praça e pra rima
Depois que começa...
Nunca termina
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