Porra de sociedade acomodada do caralho.
Acomodada com seus pseudo-empregos
Acomodada com seus pseudo-casamentos felizes
Acomodada com sua pseudo saúde
Acomodada pela sua pseudo-cidade.
Acomodada.
Porra de sociedade frígida do caralho
Frigida com seu pseudo-status
Frigida com seu pseudo-delírio
Frigida com sua pseudo-utopia
Frigida pela sua pseudo-fé.
Frígida.
Porra de sociedade carente do caralho
Carente de atenção de seu pseudo-patrão
Carente de alegria de seu pseudo-time-de-futebol
Carente de emoção de sua pseudo dramaturgia televisiva.
Carente.
Porra de sociedade careta do caralho
Careta com sua pseudo-consciência drogada
Careta pelo seu nerdismo de pseudo-avanço-tecnológico
Careta pelas suas pseudo-filosofias de autoajuda
Careta por suas reais mascaras sociais.
Careta.
Porra de sociedade vazia do caralho
Vazia pela sua pseudo-religião
Vazia pela sua pseudo-educação
Vazia pela real falta de poesia
Vazia pelos pseudo-corpos que andam por aí robotizados.
Vazia.
Porra de sociedade autoritária do caralho
Autoritária pelo pseudo-carinho familiar
Autoritária com sua pseudo-verdade das frases prontas
Autoritária pelo pseudo-senso-coletivo da democracia representativa
Autoritária pela pseudo-ignorância, disfarçada de pseudo-humildade
Autoritária pela falta de real noção altruísta.
Autoritária.
Porra de sociedade insensível do caralho
Insensível com suas pseudo-músicas de sucesso
Insensível com seus pseudo-orgasmos e suas pseudo-mentiras disfarçadas de pseudo-verdades
Insensível por sua pseudo-fidelidade
Insensível pela real ganância inescrupulosa provocadora de pseudos e insaciáveis buracos negros.
Insensível.
Porra de sociedade covarde do caralho
E seus preconceitos.
Porra de sociedade.
Porra de sociedade egoísta do caralho.
Egoísta por seu pseudo-voto
Egoísta com sua pseudo-propriedade
Egoísta com seu pseudo-conhecimento-pós-doutorado
Egoísta com sua constante retórica
Egoísta com seu pseudo-ouvido
De si para o outro, oferecer somente pseudos-sentidos.
Egoísta.
Sociedade de pseudo-gramática
Sociedade que me pariu,
Puta que pariu,
Paremos, descemos do mundo e que, portanto, pariremo-nos de volta.
Embora sociedade histérica, não somos ainda, no limite da corda bamba, uma sociedade estéril.
?
Porra de sociedade estéril do caralho
Porra de pseudo-sociedade...
Das mudanças do corpo cabem as circunstâncias da vida. Cresço e, ao que amadureço, me escancaro. Aqui há minha porta aberta, onde parte o prolongamento de meus braços e pernas além do meu ego de ator e força circense. Partem minhas palavras em corpo, em carta, em viva poesia, mesmo se em prosa vier a narrativa. Sei que espiam e não deixam pistas, mas, se puderem, comentem... e deixem um pouco da sua carne poética em minha cerne criativa. Experimentem...
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