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terça-feira, abril 08, 2014

da série A Moderna Ditadura do Amor Pós-Moderno ou Por Onde Anda Pinochet Que Não Veio Dizer Que Me Ama

#3

E me demorei um pouco mais... um bom tanto, digo! Porque é muito amor! Que distribuo, já que não me pertence; e nem a ninguém, por isso amar é livre e é ser livre. Não se vende amor em mercado, nem se registra escritura de posse ou número de protocolo, contrato com fiador ou de fidelidade. Há de ser teu amanhã esse amor e há de ser nosso todos os amores possíveis. E há de ser de ninguém também. Pois há muitas formas de amar e de todas, prefiro essa da qual me lanço sem saber se há lança, dança ou travesseiro. E se me pedes um amor cangaceiro, não posso senão em guerra, ser de paz em Lama, Da Lai, Lampião e Maria Bonita cerrarão em dias decapitados por um amor exposto em prateleira. Isso é o que a ditadura faz, não se deixa amolecer pelos sentimentos verdadeiros e, pimba, mata-os e expõe pra dizer que matou: lição moral: não ame se não for a mim, tal qual. Também não me importa... não me importa a ditadura do tempo. Não me importa se me fazes dividir as horas se nosso ponteiro é o da vida. Jogo o relógio fora e deixo, só deixo... deixar amar é rima fácil de ação difícil... coragem é preciso. É preciso coragem para amar. 

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