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terça-feira, março 25, 2014

da série Sem Açúcar, Sem Afeto

#4

A espera é particular. Ninguém
Ninguém mesmo sabe o que te espera
Se espera, quando espera,
O nascimento de um filho
O renascimento com a morte
A palavra divina
A grande revelação. 
Ou não, talvez saiba. 
Talvez caiba alguma doçura na espera. 
Talvez seja ela uma angústia, pleonasmo
Doce de açúcar, sarcasmo da vida,
Amor que míngua
Vai matando aos poucos 
Aos poucos
Enquanto saliva
Vai matando aos poucos
Bem aos poucos
Pelos breves prazeres da língua. 

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