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sexta-feira, março 09, 2012

Corpo Móvel

A mobilidade se mede no direito de ir e vir. As idéias vem e vão. Os prazeres também são passageiros, muitas vezes mais do que queremos. Andar por aí fotografando pelas retinas do celular, quase que formado por células humanas. Quase tão inteligente, também quase tão carente. A mobilidade, que tanto tem a ver com liberdade e que por sua vez tanto tem a ver com vida, é hoje fabricada e aprimorada em aplicativos, pads, pods, tablets, smarts, pode? Posso seguir adiante? Esse transitar enquanto estou empacado no trânsito e o comunicar mudo enquanto penso lendo-me em voz alta no pensamento sem saber o que realmente pensa o outro a alguns impulsos elétricos de distância, são mais das belezas paradoxais contemporâneas. Aquele meu nomadismo cigano permanece, porém esta condenado a ser traduzido nas letras deste alfabeto virtual. Um movimento sem movimento, um adiante aqui plantado num banco do metrô. Onde chega esse meu móvel pensamento? De qualquer maneira, são só pensamentos... Permitidos de serem publicados enquanto pago a operadora de celular, ao mesmo tempo em que duram enquanto há bateria de lítio. Defenderei a mobilidade até o fim, mas preciso entender que não depende de mim o tanto que para além do celular quão móvel o resto do mundo deseja a vida.

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