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terça-feira, abril 10, 2007

Corpo Nó

Aquela moça
Encerra
O que não despedaço

A hora é dela e não mais giramos no mesmo relógio.
Meu corpo é posto em vazio de abraço e permeia a busca de um novo campo
Sideral
Vácuo
Saudade fátua
Me leve a mal pra ver se te reconheço

Antes eramos um moço de peitos e uma senhorita de barba
Misturávamos nos nossos anseios de jovens
Nossas visões de identidade

Tudo, como mas, um dia foi.
Ao de ser "nosso" prevaleceu a necessidade do "meu"
Eu, eu, eu, há de ser ego
Cego
Ao corpo un-ido só resta agora em dividendos indivíduos.
Corpo nó, vira laço solto
Sou só
Na feliz cidade encerrada em tristeza catártica.

Um comentário:

Anônimo disse...

manias do ego, então reverberam em cheiro de eucalípto, nuvens pequenas em volta do meu nariz. Danilo Monteiro.

belo poema, vamos conversar. Luciano.