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sábado, janeiro 14, 2006

Um Corpo Só

Só de corpo vivo em meu mundo torto. Um corpo só de só um corpo. Um mundo torto que quer ser reto, ser letrado, ser esperto por ter estudado. Mas certo, certo, mesmo só de corpo faz-se a sabedoria. Experimentar o que vale a via, pra conhecer o que há de excesso. Em minha sabedoria colho do sentimento o fluido de um só corpo. Intuo o pró-corpo em processo de pró-ternura. Estar eterno e tenro e perceber o elo, o fluxo, o rio corrente em frente, o que liga o meu policorpo na unidade não federativa, mas livre, de prazeres, poderes e afazeres sociais, biológicos e testimoniais. Ao fim disso tudo serei só corpo, talvez erguido em jabuticabeira, com jabuticabas pingadas do pé. Mas por ser tão poli num só homem talvez encontre goiabas, laranjas, romãs e pitangas. Todos os pólens saindo de todas as flores, semeando em todos os frutos, a odorificar todos amores. Raízes de todas as árvores e terra de todas as nações. Sigo meu rumo nessa internet livre e que meus direitos autorais estejam por respeito num só corpo endireitado e que, por pró-consciencia, meu projeto de corpo seja uma tentativa letrada de dizer aos meus pelos e peles, sacos e pensamentos, estômagos e cardiovasculações a carta que os escrevo, a Carta ao Corpo em corpo(r)ações.

Obs: tudo que é "pró" lê-se a favor da correnteza do rio. O rio pode estar pro bem ou pro mal; também pode estar além do bem e do mal, o importante é que ele está indo a algum lugar. O fim? A mim interessa o caminho...

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