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quarta-feira, novembro 23, 2005

O Corpo que Quer Ser

Experiências são tiros no escuro... tiros são tiros, sempre tiros. E o que não é, não importa? Experiência não é certeza de certeza. É na incerteza que ela se faz sedutora. É no acaso que pinta o seu corpo experiência. Tiros são tiros e sempre estiveram prsentes na minha vida. Os que me conhecem sabem bem das minhas experiências balísticas. Essa minha tranquilidade me deixa sempre na distração e na distração permaneço inconsciente nas minhas ações. Pensando coisa... no Pico do Jaraguá, no guaraná, no desejo da perversão. Minhas vaidades guardadas. Tenho mil experiências esperando vasão para acontecer. Queria ter a medida pra saber quando a vasão tem que ser dada por mim mesmo. As vezes sinto que desenho corpos em mim que não são meus, que parecem não fazer parte de mim. Ao mesmo tempo pareço que exagero tanto outros desenhos de corpos que acabam fugindo de minha percepção. Qual a medida da experiência? O que Artaud me diria? Quanto ainda falta pro chumbo virar ouro? Será melhor continuar sendo um chumbo vaidoso? Arrumar o penteado e sair a rua desfilando o cinza escuro... Meu corpo ainda não é, mas quer ser experiência. Talvez essa seja a medida, do corpo que é e do que ainda quer ser. Ter a humildade de perceber os processos em construção. Não tenho pinto suficiente pra experimentar as experiências que me proponho. Portanto sigo no imaginário, amadurecendo as idéias de escancarar essas minhas vaidades guardadas e extravasar na amoralidade de minhas pulsões nietzschanas. Talvez por não querer enlouquecer na incompreensão do outro, na inaceitação deste ser que cheira primitividade, que parece não caber no social e no religioso pelo seus parâmetros morais. Sigo tentando ser artista...

2 comentários:

Anônimo disse...

"Construir mundos não basta ao sentido premente de ir mais fundo. Mas um coração amante sacia o espírito empenhado"

"A verdadeira carta é, por natureza, POÉTICA"

"Cada objeto amado é o CENTRO de um paraíso"

Fragmentos de "Pólen", Friedrich von Hardenber, NOVALIS

Permanece o convite.

Um beijo?

Anônimo disse...

Continuo querendo conversar... saber... perguntar... falar....


Te Amo!