Das mudanças do corpo cabem as circunstâncias da vida. Cresço e, ao que amadureço, me escancaro. Aqui há minha porta aberta, onde parte o prolongamento de meus braços e pernas além do meu ego de ator e força circense. Partem minhas palavras em corpo, em carta, em viva poesia, mesmo se em prosa vier a narrativa. Sei que espiam e não deixam pistas, mas, se puderem, comentem... e deixem um pouco da sua carne poética em minha cerne criativa. Experimentem...
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sábado, novembro 01, 2008
Corpo de Estações
Ah essas mudanças de estação me dão frenesis! Arrepios a cada volta da Terra. O fato é que todo dia agora é dia de mudança e as primaveras andam vizinhas demais de outonos, invernos e verões. Estação é manhã tarde e noite, muitas vezes divididas ainda por horas, minutos ou segundos de frios ou calores. Ao mesmo tempo que colho uma flor vejo uma árvore nua com melancolia outona, corro da chuva de pingo grosso e rasgo pra casa namorar em manto quente. Ah que sempre nessa primavera me apaixono mas logo entristeço e me tranco num inverno e, quando anoiteço, saio a voar com vagalumes de verão. As andorinhas por aqui nem vem mais que é pra não perder viagem. Esse aquecimento global que tanto me esfrega, me esfria, me põe em queda e me arrepia. Ah, essas mudanças de estação me dão frenesis! Ando agora todo dia frenético.
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