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quarta-feira, abril 26, 2006

Eu, meu caramujo, minha casa

Uma dramaturgia das pequeninisses. Fragmentos de pessoas que se traduzem em falas, que são ações, que são falas que são ações ques ão falasqu es ãoa çõesques ãofa lasquesão. Ações... substantivo apluralado por pensamentos. E o meu corpo que é tudo isso. Minha casa, do dia inteiro, que dorme a noite e se autoreforma pro cotidiano, em ambulância, itinerante, nômade, locomotiva primária, seja de pé ou de quatro, pro fronte ou pra retaguarda, pra calma contemplativa de paisagens ou pro desespero. Espero... espero... espero... sou casa e caramujo... espero... espero... espero. Sou o teto e o quintal... espero... espero... espero... Sou o assoalho e o porão, muitas vezes sou só porão... só porão... só porão... e espero... espero... espero. Sou o meu sobrado aberto a sete chaves, sem muro e sem portas, pra vida e pro tempo, pra sorte e pra sociedade, pro mundo e pra deus! Pena não estar para estadia. Sou minha casa e nela todos cabem, mas morar, não por minha vontade mas por natureza, niguém mais fica que não seja eu. Mas dessa idéia não desgosto. Aproveito... como eu todo Outro tem sua casa e dela seus aspectos. Morar junto é juntá-las além do abrigo de matéria teto, matéria chão. Esse corpo, que é E=mc ao quadrado, se junta no cinetismo, no moviemento das coisas, e dois sobrados viram um casarão, na iminente presença do sexo. E dali a construção...

Um corpo é uma casa. O que tem na sua? Se contar conto o que tem na minha... aliás, talvez seja isso que esteja fazendo desde que comecei essas minhas... não sei.

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