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segunda-feira, outubro 24, 2005

O Corpo Jabuticabeira

Meu comentário é minha fala
É
É
É
E o que não é, não importa?
Importa o que não define?
Dáfine
Dáfine
Dáfine
Três vezes Dáfine
A ninfa que habita o meu conhecimento
Me seduz e me atira nos rios do pensamento
Logo eu que sou tão corpo fico rendido a esse palavreado virtual
Minha redoma de pau
Oco

Quando morrer quero ser árvore! Já pensou, me decompor e virar uma deliciosa jabuticabeira? Assim todos poderiam me colher e dividir do meu suco, do meu conhecimento, do meu sabor doce e azedo. Arrancar as partes do meu corpo e fazer delas o seu maior prazer num domingo fim de tarde. Ser jabuticabeira, minha redoma de pau, convencido de que minha sina é doar... beijos, abraços, amaços, meu corpo gostoso e só. Depois pegam o machado e descem a lenha... convencidos de que minha sina é doar. E parece que já dei tudo que dá? Um beijo, uma amaço, um pedaço do meu corpo gostoso e eu me dôo por inteiro? Olhem e reolhem, tem mais jabuticaba madura no pé.

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